segunda-feira, 7 de maio de 2012

Lunar_mente







                             











Corre pela praia, corre perseguindo ondas que lhe fogem sob os pés..
Parece que lhe tiraram o chão, ofegante pára e se encosta aos pensamentos mais profundos
O mar escuro como a noite que há muito  caiu  reflecte a lua gigante, lá para os lados da ilha  Chefina...
O seu avô descendo as escadas, o sonho que sonhou, o ancião avisando-o para não se preocupar, que nada merece o nosso desassossego...





Sentado na areia, o espelho luminoso ondulando a sua frente, questiona-se:
Será que realmente vale a pena?
Vale sim !! - diz para si
 "Vale sempre a pena quando a alma não é pequena"  - ecoa dentro de si, o espírito intuitivamente parafraseia o poeta  ...
Como uma silhueta cortando o mar de mercúrio, uma vela artesanal se aproxima  silenciosamente...
Os pescadores que regressam vêm ruidosos e felizes.







Enquanto transportam o pescado para a praia, o inquieto aproxima-se e pergunta a um velho lobo do mar:
Valeu a pescaria hoje?
o velho sorrindo com os poucos dentes que lhe sobram diz-lhe:
Vale sempre a pena, basta que voltemos e se trouxermos peixe para comer, é dia de festa;
viver é saber aceitar e ser feliz com o que se tem...
O inquieto sorriu e juntou-se aos pescadores e foi pela noite dentro se embebedar de alegrias...



   



















3 comentários:

  1. Aloe Blacc eu gosto muito!!!!
    Tony,
    eu uivo para a lua. Vc acha normal?
    Bjs :)))

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  2. Se assim falou o avô, é porque é mesmo bom desassossegar, ao menos um tanto, a inquietude. E sentar-se à beira do mar. E perceber que tudo vale a pena. E depois, embebedar-se de alegria, pela vida que se tem, pelo que ainda se pode fazer com ela.

    Um abraço, um abraço!
    Boa semana, querido amigo.

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  3. Tony amado!
    Então é assim...lua cheia, enorme, iluminando, inspirando e transpirando questões do nosso ser. Devo ter perdido muitas músicas, poemas, gotas de suor das vivências suas de cada dia. Mas a vida é feita de perdas também, né? Sigo com as sôdades genuínas!
    Beijuuss n.a.

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