segunda-feira, 30 de julho de 2012

Romain Virgo - the voice






                             




Voz, voz e muita voz !!!

 Jamaicano de 21 anos, descoberto num concurso de televisão em 2006. 

Simplesmente uma voz sublime !!!




























































http://en.wikipedia.org/wiki/Romain_Virgo

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Amy Whinehouse, um ano passou...






                                 
                                 





(...) A morte (ou a sua alusão) torna os homens delicados e patéticos.
Estes comovem-se pela sua condição de fantasmas. Cada acto que executam pode ser o último.
Não há um rosto que não esteja por se desfigurar como o rosto de um sonho.
Tudo, entre os mortais, tem o valor do irrecuperável e do perdido.
Entre os Imortais, pelo contrário, cada acto (e cada pensamento) é o eco de outros que no passado o antecederam, sem princípio visível, ou o claro presságio de outros que, no futuro, o repetirão até à vertigem.
Não há coisa que não esteja perdida entre infatigáveis espelhos.
 Nada pode ocorrer uma só vez, nada é primorosamente gratuito.
 O elegíaco, o grave, o cerimonial, não contam para os Imortais.
Homero e eu separamo-nos nas portas de Tânger. Creio que não nos despedimos. 

Jorge Luís Borges




































quarta-feira, 18 de julho de 2012

Parabéns Nelson Mandela












Madiba faz hoje 94 anos e o mundo celebra o homem integro, o exemplo vivo de verticalidade e de entrega total a uma causa que no seu caso não foi pequena, foi somente a luta de libertação do seu povo .
Para tal esteve preso 27 anos e depois de libertado foi eleito presidente do seu país, perdoou aos seus algozes e conduziu a África do Sul para um caminho que se dizia  quase impossível, o da paz e da reconciliação...
...e mais, contrariamente ao que é usual em África, no fim do seu mandato retirou-se e deu lugar a outro, num exemplo puro de não apego ao poder !!!
Long life to you Madiba ! 









"Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros."



"Eu aprendi que a coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que conquista por cima do medo."






"Se falares a um homem numa linguagem que ele compreenda, a tua mensagem entra na sua cabeça. Se lhe falares na sua própria linguagem, a tua mensagem entra-lhe directamente no coração."

"Será que alguém pensa genuinamente que se não conseguiu algo foi por não ter tido o talento, a força, a resistência e a determinação nesse sentido?" 







"Ninguém nasce a odiar outra pessoa devido à cor da sua pele, ao seu passado ou religião. As pessoas aprendem a odiar, e, se o podem fazer, também podem ser ensinadas a amar, porque o amor é mais natural no coração humano do que o seu oposto."


"Quando penso no passado, no tipo de coisas que me fizeram, sinto-me furioso, mas, mais uma vez, isso é apenas um sentimento. O cérebro sempre domina e diz-me: tens um tempo limitado de estada na Terra e deves tentar usar esse período para transformar o teu país naquilo que desejas."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela

domingo, 15 de julho de 2012

Neruda num domingo jamaicano






                 
                 



Ao subir à noite ao terraço de um arranha-céu altíssimo e aflitivo, pude tocar a abóboda noturna e num ato de amor extraordinário apoderei-me de uma estrela celeste.
Era uma noite negra e eu deslizava pelas ruas com a est
rela roubada no meu bolso.
De trêmulo cristal parecia e era num átimo como se levasse um pacote de gelo ou uma espada de arcanjo na cintura.






Guardei-a, temeroso, debaixo da cama para que ninguém a descobrisse, sua luz porém atravessou primeiro a lã do colchão, depois as telhas, e o telhado da minha casa.

Incômodos tornaram-se para mim os afazeres mais comuns.
Sempre com essa luz de astral acetileno que palpitava como se quisesse retornar para a noite, eu não podia dar conta de todos os meus deveres cheguei a esquecer de pagar as minhas contas e fiquei sem pão nem mantimentos.





 

Enquanto isso, na rua, se amotinavam transeuntes, boêmios vendedores atraídos sem dúvida pelo insólito clarão que viam sair de minha janela.
Então recolhi outra vez minha estrela, com cuidado a envolvi em um lenço e mascarado entre a multidão passei sem ser reconhecido.








Tomei a direção oeste, rumo ao rio Verde, que ali sob o arvoredo flui sereno.
Peguei a estrela da noite fria e suavemente lancei-a sobre as águas.
E não me surpreendeu notar que se afastava como peixe insolúvel movendo na noite do rio seu corpo de diamante.







Massala r&b by iTunes ...









Esta é a música  que estamos a passar, misturada pelo maravilhoso iTunes , esse instrumento que mudou a forma de nos relacionarmos com a musica que gostamos, enquanto os ecrãs mostram o campeonato mundial de atletismo juniores...

é calmo o inicio de noite de sábado...










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Vivam a vida e curtam o seu lado positivo o mais intensamente que puderem !!!



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os sem escolha - music by Yoshiko Kishino


















Os caminhos que vamos percorrendo são uma mistura de trilhos feitos de pedras duras, ásperas, que nos ferem os pés e  de campos de erva tenra, de areia da praia  macia e fácil de caminhar ...
Qual a escolha mais acertada, qual dos dois o levará aonde quer chegar?






Todos os dias aprendemos algo e crescemos como pessoas ou erramos, nos enganamos e regredimos ou não passamos da cepa torta; o acaso reina absolutamente sobre qualquer plano ou desejo interiormente acalentado...
Porque teima ele  em pensar que pode realizar os seus anseios apenas porque quer e porque luta abnegadamente por conseguir?








Mandar tudo para o espaço, incluindo ele próprio...é o que no fim acaba lhe apetecendo...e com razão, digo eu !!




Os factores adversos do acaso têm-se sobreposto aos positivos estes   também decididos pelo acaso,  pelo que ele não tem hipótese de realizar nada daquilo que quer, apenas pode querer  e só realizará se o prepotente acaso assim  o entender ...












Quero ignorado, e calmo 
Por ignorado, e próprio 
Por calmo, encher meus dias 
De não querer mais deles. 

Aos que a riqueza toca 
O ouro irrita a pele. 
Aos que a fama bafeja 
Embacia-se a vida. 

Aos que a felicidade 
É sol, virá a noite. 
Mas ao que nada 'spera 
Tudo que vem é grato. 

Do que quero renego, se o querê-lo 
Me pesa na vontade. Nada que haja 
Vale que lhe concedamos 
Uma atenção que doa. 
Meu balde exponho à chuva, por ter água. 
Minha vontade, assim, ao mundo exponho, 
Recebo o que me é dado, 
E o que falta não quero. 

O que me é dado quero 
Depois de dado, grato. 

Nem quero mais que o dado 
Ou que o tido desejo.  

Fernando Pessoa (Ricardo Reis)




domingo, 1 de julho de 2012

Silicone Soul & Soul Clap , a alma duplamente ...



















Constatar, assim mesmo...
Ficar lúcido com delay, assim como não querendo tipo um tingir liquido de azuis,  depois azul mais escuro e de novo os azuis mais claros, agora a clarearem até tudo ficar alvo, branco, límpido...cheio de luz!
never ending history...
as portas da percepção atravessadas sem surpresa...
o nirvana particular aprofundado num só átomo, mais suculento, os caminhos opostos se aproximando em Zen , sossegando...











Nenhum ser nos foi concedido. Correnteza apenas 

Somos, fluindo de forma em forma docilmente: 
Movidos pela sede do ser atravessamos 
O dia, a noite, a gruta e a catedral 


Assim sem descanso as enchemos uma a uma 
E nenhuma nos é o lar, a ventura, a tormenta, 
Ora caminhamos sempre, ora somos sempre o visitante, 
A nós não chama o campo, o arado, a nós não cresce o pão 




Não sabemos o que de nós quer Deus 

Que, barro em suas mãos, connosco brinca, 
Barro mudo e moldável que não ri nem chora, 
Barro amassado que nunca coze 


Ser enfim como a pedra sólido! Durar uma vez! 
Eternamente vivo é este o nosso anseio 
Que medroso arrepio permanece apesar de eterno 
E nunca será o repouso no caminho 


Hermann Hesse










Tudo se me evapora. 
A minha vida inteira, as minhas recordações, a minha imaginação e o que contém, a minha personalidade, tudo se me evapora. 
Continuamente sinto que fui outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espectáculo com outro cenário. 
E aquilo a que assisto sou eu. 
Encontro às vezes, na confusão vulgar das minhas gavetas literárias, papéis escritos por mim há dez anos, há quinze anos, há mais anos talvez. E muitos deles me parecem de um estranho; desconheço-me deles. 
Houve quem os escrevesse, e fui eu. 
Senti-os eu, mas foi como em outra vida, de que houvesse agora despertado como de um sono alheio. 

Fernando Pessoa