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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Desconstruindo teias...

























Por falta de lógica ou por falta de sentido adoro desconstruir....
Desconstruir na necessidade de desmontar a lógica das coisas que a toda a hora nos provam não ter lógica nenhuma.
Reacção instintiva , talvez a única forma de sobreviver ás consequências devastadoras que é viver para testemunhar a perenidade de tudo, a falibilidade de tudo... 
Desconstruindo  isso tudo vou construindo uma não lógica em que as possibilidades são sempre a razão base...









Uma teia nos envolve sub-repticiamente e quando damos conta passamos o tempo a olhar criticamente para tudo, como se houvesse alguma verdade ou certeza para nos basearmos... 

Não existe nada disso e só a alma querendo ser livre poderá surfar os dias, poderá se inspirar criando a sua linguagem do equilíbrio e assim passar por entre os pingos surreais do quotidiano ...














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Aquela flor amarela sorri para as pedras quentes que permanecem mudas sem transpirar... 
O sorriso serpenteia pela paisagem agreste enquanto o pianista afina as cordas vocais.
Lá para os lados do cais, a noite cai primeiro e de bruços, estende-se ao comprido pela avenida....
O cartaz anunciando mais um Congresso revolve-se desesperado, tenta em vão soltar as cordas que o crucificam por cima da rua, de poste a poste.
Dois flamingos elegantes de chapéu cor de rosa bebem ice tea pelo bico na esplanada e o autocarro passa cheio a abarrotar; o mugido do gado é surdo e não dá para entender se vão felizes ou a reclamar...
A  flor amarela não murchou e o brilho dos dentes permanece, resplandecente...
Enquanto isto o cão do 2º andar sai contrariado 
a passo pelas traseiras levando o dono pela trela, não esboça qualquer emoção, depois do jantar só lhe apetecia  dormir...
Quase a chegar à estação vejo uma senhora de boxers evoluindo sua dança e socando como Clay... 
Chega de surrealismo !
Passa-me a ferro, desamarrota-me ! - grita desesperado o sorriso posto, amarelo...
A flor fartou-se de sorrir e as pedras arrefeceram os ânimos.
(continua?)

                                                                                                                                        "