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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

...ouvindo The Cinematic Orchestra










                                                                                                        







     





Li algures que o ser humano é solitário, irremediavelmente ele é sozinho...
Somos sozinhos e mesmo quando vivemos a dois continuamos sozinhos, apenas passamos a ser duas pessoas sós dividindo suas solidões, compartilhando suas solidões...
Puxa, é algo muito severo, é uma condição que nos deixa a total responsabilidade de ser e de existir....

Ainda por cima deixa-nos também num existir ao sabor da nossa intuição,  entregues a nós próprios ou a uma escolha, nessa diversidade de opções que o homem foi inventando, tentando encontrar a melhor formula para lidar com isso.











Fará isto algum sentido, os solitários felizes e os solitários angustiados?

Acredito que a empatia, mais do que a paixão nos ajuda a não nos sentirmos tão sós.

Ela abre de imediato as portas a uma comunicação mais fácil, mais prazeirosa e isso no fundo é o anseio do prisioneiro de si próprio; encontrar alguém que olhe a vida de um modo semelhante ao seu, ai a solidão não será tão grande.










O prazer, a empatia, a paixão, isso tudo nós sentimos sozinhos mesmo que partilhado com alguém, apenas projectamos a nossa ideia de simbiose, a nossa sensação de  "química", só e apenas...
Pelo que concluo que tudo isso não passa de uma divagação criada e alimentada pela nossa mente solitária.
A angustia voltou e divagando sobre o sexo dos anjos vou repintando esse velho quadro inacabado, há tanto tempo arrumado na poeira do sótão.





















quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Buddha falou assim...











A essência do Budismo está no caminho que nos leva á libertação do sofrimento..
Tarefa utópica mas ao mesmo tempo verdadeira e longa, quase direi humanamente impossível  ...
O sofrimento é o veneno que nos corrói e retira todo o significado á nossa existência
Este sofrimento na forma sentida pelo Buddha é mais próximo do sentimento de insatisfação, a nossa insatisfação, estamos felizes agora e daqui a pouco já não estamos...
Vivemos sempre nos extremos e a única forma de vida sem sofrer é a do meio, o equilíbrio é o caminho para se sair do ciclo do sofrimento. 







O Buddha diz que este sofrimento que todos sentimos tem uma causa, e essa causa está dentro de cada um de nós.
Ele depois explica que a causa é o desejo, a forma como nós lidamos com os nossos desejos mais íntimos, os verdadeiros.
O desejo tem de existir, o desejo de sermos melhores pessoas, o desejo saudável, o desejo nas suas vertentes extremas não, esse desejo causa o sofrimento. 
O Buddha deu como que uma receita para se poder viver sem o sofrimento permanente.
" Disciplina moral, consciência plena e sabedoria. "










Felicidade, Nirvana, o Buddha ensinou, podem ser encontrados no momento fugaz e na prática da meditação.
O Buddha nos ensinou como chegar a um acordo com os nossos pensamentos e desejos agitados, se nós nos tornarmos conscientes, mais atentos, ficaremos mais perto do entendimento e da tranquilidade.
" Muitas vezes a nossa mente não está tranquila o bastante. Então percebemos que talvez necessitemos de entender mais sobre a própria mente e como equilibrar as próprias emoções, como equilibrar a nossa mente e tentar cultivar mais felicidade "








Meditação não é para nos livrarmos da raiva ou da luxúria ou do ciúme. O que ocorre com frequência nas nossas vidas quotidianas é que sempre que experimentamos essas emoções, ficamos presos a elas.Elas começam a roer-nos, torcer-nos por dentro.Mas o budismo vai passando por dentro delas e saindo calmamente e isso traz-nos mais alegria.Nós não estamos a viver uma verdade parcial mas sim um conjunto de coisas juntas.
Interessante que o Buddha diz que todos nós somos Buddhas, apenas não nos revelamos, nosso ser Buddha está submerso em sofrimento, nós estamos demasiado ocupados com o corpo e tudo o que ele sente e deseja, desesperando para o satisfazer.

...inpirado pelo filme "The Buddha "(2010) David Grubin







segunda-feira, 10 de junho de 2013

As Quatro Nobres Verdades















O mundo esta cheio de sofrimentos. 
O nascimento, a velhice, a doença e a morte são sofrimentos, assim como são o fato de odiar, estar separado de um ente querido ou de lutar inutilmente para satisfazer os desejos. 
De fato, a vida que não esta livre dos desejos e paixões esta sempre envolta com a angustia.
 Eis o que se chama de a Verdade do Sofrimento.
A causa do sofrimento humano encontra-se, sem duvida, nos desejos do corpo físico e nas ilusões das paixões mundanas. 
Se estes desejos e ilusões forem investigados em sua fonte, poder-se-a verificar que os mesmos se acham profundamente arraigados nos instintos físicos. 
Assim, o desejo , tendo um grande vigor, já em sua base, pode manifestar-se em tudo, inclusive mesmo, em relação a morte. 
A isto se chama de a Verdade da Causa do Sofrimento.
Se o desejo, que se aloja na raiz de toda a paixão humana, puder ser removido, ai então, morrera esta paixão e desaparecerá, consequentemente, todo o sofrimento humano. 
Isto é chamado de a Verdade da Extinção do Sofrimento.
Para se atingir um estado de tranquilidade, em que não há desejo nem sofrimento, deve-se percorrer o Nobre Caminho, galgando suas oito etapas que são: 
Percepção Correta, Pensamento Correto, Fala Correta, Comportamento Correto, Meio de Vida Correto, Esforço Correto, Atenção Correta e Concentração Correta. 
Eis a Verdade do Nobre Caminho para a Extinção dos Desejos.
Deve-se ter sempre em mente estas Verdades, pois, estando o mundo cheio de sofrimentos, deles se pode escapar, apenas com o romper dos vínculos das paixões mundanas, que são a causa única das agonias. 
O meio de vida, isento de toda a paixão mundana e do sofrimento, somente é conhecido através da Iluminação, e a iluminação somente pode ser alcançada através da disciplina do Nobre Caminho.





















 Aqueles que buscam a Iluminação devem entender as Quatro Nobres Verdades.
Se não as entender, perambularão interminavelmente no desconcertante labirinto das ilusões da vida. 
Todos aqueles que conhecem as Quatro Nobres Verdades são chamados de “pessoas que adquiriram os olhos da Iluminação.”
Por essa razão, aqueles que quiserem seguir os ensinamentos de Buda deverão concentrar suas mentes nestas Quatro Nobres Verdades e procurar entende-las claramente. 
Em todas as épocas, um santo, se verdadeiramente santo, é aquele que as conhece e a ensina aos outros.
Quando um homem conhecer claramente as Quatro Nobres Verdades, o Nobre Caminho o afastará de toda a cobiça. 
Uma vez livre da cobiça, ele não lutará com o mundo, não matará, não roubará, não cometerá adultério, não trapaceará, não abusará, não invejará, não se irritará, não se esquecerá da transitoriedade da vida nem será injusto.










segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Buddha em tons de azul...
























Venerado, Amado, Único, também meu Buddha !!!

Os caminhos se entrelaçam , desaparecem no nevoeiro que surge, simplesmente deixo de ver caminho algum...
A paz permanece plena me preenchendo o ser , como se assistisse ao meu próprio drama, tomo coca-cola e como pipocas na plateia vendo tudo acontecer sem imaginar o final .
Meu Buddha, não é entender que eu busco, não é sequer resolver meus problemas, apenas sorrir ...
Por dentro fazer sorrir os afectos e o bem querer, por fora sorrir dos cabelos aos pés !!
Buddha , mestre do apaziguamento e do desapego, explica-me como consigo estar em paz, sem receio algum quando tudo o que me rodeia ferve em azeite, se cozinhando, se torrando sem dó nem piedade?









O mar beatífico em cores suaves e o silêncio sem vento deixam a água feito um tapete mágico em tons de azul..
Pergunto ao Mestre, como beber essa aura, essa vibração irradiante do cenário gigantesco em tons de azul, como beber o que estou a ver e a sentir, a Presença Imensurável do Divino, que tudo envolve e deixar essa bênção luminosa escorrer para dentro do meu coração ?
Pergunto se algo mudaria se eu saísse  da plateia, subisse ao palco e termina-se marcial essa peça surreal...
Cantando um reggae para a cadeira vazia deixada por mim
; será que depois quando saísse do Teatro da vida, quando transpusesse as portas para a rua, encontraria algo para além dum vazio velado?
Buddha teu nirvana , tua luz e sabedoria abarcam os espíritos de todos nós e seguindo ínfimo em minha já imensa pequenez, vou soletrando teus pensamentos e consolidando minha paz !
Estou pronto já faz muito tempo, estou tranquilo já faz algum tempo, sinto sim que estou e que sou  !!!























"Um indivíduo pode ter sido iludido no passado. Mas depois corrige seu pensamento e torna-se uma pessoa desiludida. Ele, portanto, é como a lua que saiu de trás de uma nuvem escura, assim, ele ilumina o mundo. "Buddha




                           







"A escuridão não pode expulsar a escuridão: só a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio: só o amor pode fazer isso."Buddha



                                                                                                                                                                                       
                                  




Existe uma única estrada e somente uma, e essa é a estrada que eu amo.
Eu a escolhi.
Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam e o sorriso se abre em meu rosto.
Dessa estrada nunca, jamais fugirei.
Buddha











quarta-feira, 3 de abril de 2013

Buddha , Buddha, I'm so tired....










                                           
















Minha sentida prece...

Buddha me ilumine, me dê força e lucidez, rogo do fundo da alma...
Buddha me acalme o sobressalto no peito, meu coração sai do lugar e chega à boca
Buddha  onde estás ?
Buddha dá um mirada neste teu devoto admirador, por favor !!!

Buddha  me dá só um pouco de paz que estou a morrer por dentro...
Buddha , estou tão cansado desta travessia do deserto, exausto ...
Buddha, não sei mais como buscar alento, me ajuda ou me dá ao menos a coragem para desistir...
Om mani padme hum 





                          







“A esse que é tolerante para com os intolerantes, doce para com os violentos, desapegado de tudo para com os apegados a tudo - a esse eu chamo de sábio. 
A esse que nada mais espera neste mundo, nem em um outro mundo, que é a tudo insensível, de tudo desprendido - a esse eu chamo de sábio. 

A esse que, não tendo mais ligações com os homens, superou aquelas que poderia ter com os deuses, que é completamente desprendido de tudo - a esse eu chamo de sábio.”
    Buddha





                          






Não é sobre as faltas alheias que devemos fixar a atenção, mas sobre o que nós mesmos deixamos de fazer. 
Fácil é ver a falta do próximo; difícil, a nossa própria. A dos outros, damos o maior relevo possível; a nossa, ao contrário, dissimulamos, como o trapaceiro esconde seus dados falsos. 
Que te pode interessar que outrem seja ou não culpado? 

Vem, amigo, e olha o teu próprio caminho! 

Que, pouco a pouco, sem se cansar, o sábio sopre sobre as impurezas de tua alma, como o ourives sopra sobre as partículas de prata. 
Pela atividade viril, pelo esforço vigilante, pela paz da alma e pelo domínio sobre si mesmo, o sábio pode fazer uma ilha que não submerge nas ondas. 
Calmo é o seu espírito, calma a sua palavra, calma a sua maneira de agir. 
Quando um homem, que não é crédulo, mas que conhece o Incriado (o Nirvana) , rompe assim suas amarras e diz adeus aos prazeres, torna-se o mais eminente dos mortais.”
Buddha











domingo, 16 de dezembro de 2012

Música para o fim do mundo...















Tudo está a acontecer muito rápido, parece que o mundo entrou numa espiral de extremos e nós atónitos não conseguimos ficar focados...

O mundo é dispersão e nonsense, este turbilhão de energia tem de descarregar algures , seja de que forma for...

Fala-se da grande mudança, ela está a acontecer , sente-se...

O resto é arte e música...


















E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. 
Apocalipse 6:12-14















































A teoria budista mais próxima desta questão "Fim do Mundo" é chamada de Era Mappou. Map(matsu) significa final ou término e po(hou) Dharma, ou seja o budismo não se atem ao fim do mundo como matéria, mais sim, em relação ao mundo e seus seres como distantes da Lei Universal (Dharma, conteúdo da iluminação), à uma era caracterizada pelo crepúsculo do Dharma, onde os ensinamentos, sua prática e efeitos se ocultariam devido à ignorância dos seres quanto a Lei Universal.






























































quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Encucado - musica de Marisa Monte







                    






O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente. 
Buddha




           





“O papalagui  não pára de pensar. (…) Mas também ele próprio é objecto dos seus pensamentos (…). 
O papalagui pensa tanto, que o acto de pensar se tornou um hábito, uma necessidade, e até mesmo uma coacção. Vê-se obrigado a pensar continuamente. 
Só muito a custo consegue não fazê-lo e deixar viver todas as partes do seu corpo ao mesmo tempo. 
Na maior parte do tempo vive apenas com a cabeça, enquanto os sentidos dormem um profundo sono. 
Muito embora isso o não impeça de andar normalmente, de falar, de comer e de rir, permanece fechado na prisão dos seus pensamentos – os quais são os frutos da reflexão.




      






 Deixa-se, por assim dizer, embriagar pelos seus próprios pensamentos. 

Quando brilha um belo sol, logo ele pensa: 
“Que belo sol que está agora!” 
E continua a pensar, sempre a pensar: 
“Mas que belo sol!” 
Ora, isso é falso, absolutamente falso, é uma aberração, pois quando o sol brilha, vale mais não pensar em nada. Qualquer Samoano sensato irá estender e aquecer o seu corpo ao sol, sem reflexões. 
E goza do sol não só com a cabeça, mas também com as mãos, com os pés, com as coxas, com o ventre, em resumo, com o corpo todo.” 

...do livro de Erich Sherman " Os Papalagui "




       







       

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Buddha - song by Trentemoller






 

 

                   OS TOLOS E A PROCURA DO CAMINHO


Suponhamos um homem que vai á floresta buscar alguma medula, que cresce no centro das árvores, e volta com um fardo de galhos e folhas, pensando que conseguira aquilo que fora buscar.
Não seria ele um tolo, se está satisfeito com a casca, endoderma ou madeira, ao invés da medula que fora procurar ? 
Mas é isto o que muitos seres humanos fazem.
Uma pessoa procura um caminho que a afasta do (sofrimento) nascimento, da velhice, da doença e da morte, ou da lamentação, da tristeza, do sofrimento e da dor; entretanto, se, seguindo um pouco esse caminho, nota algum progresso, torna-se orgulhosa, vaidosa e arrogante.
É como o homem que procurava medula e saiu da floresta satisfeito apenas com uma braçada de galhos e folhas.
Outro homem que se satisfaz com o progresso alcançado com pouco esforço, negligência seu empenho e se torna vaidoso e orgulhoso; está apenas a carregar um fardo de galhos ao invés da medula que procurava.
Outro ainda, achando que sua mente se tornou mais tranquila e que seus pensamentos se tornaram mais claros, também relaxa o seu esforço e se torna orgulhoso e vaidoso; tem um fardo de cascas ao invés da medula que procurava. 




 Outra pessoa se torna orgulhosa e vaidosa porque notou que obteve um pouco de compreensão intuitiva; ela tem uma carga de fibra lenhosa ao invés da medula.
 Todos estes seres humanos que se satisfazem com seu insuficiente esforço e se tornam orgulhosos e altivos, negligenciam o seu empenho e facilmente caem na indolência.
Todos eles, inevitavelmente, terão que arrostar novamente o sofrimento.
Aqueles que buscam o verdadeiro caminho da iluminação não devem esperar uma tarefa cómoda e fácil ou um prazer proporcionado pelo respeito, honra e devoção.
E mais, não devem almejar, com pouco esforço, ao supérfluo progresso em tranquilidade, conhecimento ou introspeção.
Antes de tudo, deve-se ter, de modo claro na mente, a básica e essencial natureza deste mundo de vida e de morte
.




sábado, 19 de novembro de 2011

Buddha - song by Absolute Elsewhere









                                                                                

 Eu sou o resultado de meus próprios actos, herdeiros de actos; actos são a matriz que me trouxe, os actos são o meu parentesco; os actos recaem sobre mim; qualquer ato que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei. Eis em que deve sempre reflectir todo o homem e toda mulher.

Tudo o que nasceu vai morrer, tudo o que foi reunido será espalhado, tudo o que foi acumulado terá fim, tudo o que foi construído será derrubado, e o que esteve nas alturas será rebaixado.







                                                                               
O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar pelo passado,  não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.
                                                                                
Jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio; o que acaba com o ódio é o amor.
                                                                             
Quanto mais coisas você tem, mais terá com o que se preocupar.
                                                                              
A verdade está dentro de nós. Não surge das coisas externas, mesmo que assim acreditemos.
                                                                           
 A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.


Buddha



sábado, 15 de outubro de 2011

Um olhar do Buddha - song by Yes

               

                 
                 
                

O DESAPEGO

Quem a tudo renuncia jubiloso, alcança, já agora, a mais alta paz do espírito; mas quem espera vantagem das suas obras é escravizado pelos seus desejos.

Existe uma famosa história zen sobre um mestre e seu discípulo. Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem, uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre:
— Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio com ela.
— Tolo – respondeu o mestre – Eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando.






 Desapego não é desinteresse, indiferença ou fuga. Não devemos nos tornar indiferentes aos problemas da vida. Não devemos fugir da vida; não se pode fugir dela quando somos sinceros.
A vida e seus problemas devem ser encarados e lidados de frente, mas não são coisas às quais devamos nos apegar. É verdade que o dinheiro tem sua importância, mas a pessoa que se apega a ele torna-se avarenta e escrava do dinheiro. É muito fácil nos apegarmos à nossa beleza, às nossas aptidões ou às nossas posses, e assim nos sentirmos superiores aos outros. É igualmente fácil nos apegarmos à nossa feiúra, à nossa falta de aptidões ou à nossa pobreza, e assim nos sentirmos inferiores aos outros.  O apego às condições favoráveis leva à avidez e ao falso otimismo, enquanto que o apego às condições desfavoráveis leva ao ressentimento e ao pessimismo. Sem dúvida, nosso apego às coisas, condições, sentimentos e ideias é muito mais problemático do que imaginamos.
 Por isso, “deixe ir” as coisas. Todos os abusos, a raiva, a censura – deixe que venham e que se vão. Tudo o que fazemos, devemos fazer com sinceridade, com honestidade e com todas as nossas forças; e uma vez feito, feito está.
Não nos apeguemos a ele. Muitas pessoas se apegam ao passado ou ao futuro, negligenciando o importante presente. Devemos viver o melhor “agora”, com plena responsabilidade. Quando o sol brilha, desfrute-o; quando a chuva cai, desfrute-a. Todas as coisas nesta vida – deixe que venham e deixe que se vão. Este é um segredo da vida que nos impede de ficar aborrecidos ou neuróticos.
Buda disse que todas as coisas na vida e no mundo estão em constante mutação; por isso, não se torne apegado a elas.