segunda-feira, 27 de outubro de 2014

...ouvindo The Cinematic Orchestra










                                                                                                        







     





Li algures que o ser humano é solitário, irremediavelmente ele é sozinho...
Somos sozinhos e mesmo quando vivemos a dois continuamos sozinhos, apenas passamos a ser duas pessoas sós dividindo suas solidões, compartilhando suas solidões...
Puxa, é algo muito severo, é uma condição que nos deixa a total responsabilidade de ser e de existir....

Ainda por cima deixa-nos também num existir ao sabor da nossa intuição,  entregues a nós próprios ou a uma escolha, nessa diversidade de opções que o homem foi inventando, tentando encontrar a melhor formula para lidar com isso.











Fará isto algum sentido, os solitários felizes e os solitários angustiados?

Acredito que a empatia, mais do que a paixão nos ajuda a não nos sentirmos tão sós.

Ela abre de imediato as portas a uma comunicação mais fácil, mais prazeirosa e isso no fundo é o anseio do prisioneiro de si próprio; encontrar alguém que olhe a vida de um modo semelhante ao seu, ai a solidão não será tão grande.










O prazer, a empatia, a paixão, isso tudo nós sentimos sozinhos mesmo que partilhado com alguém, apenas projectamos a nossa ideia de simbiose, a nossa sensação de  "química", só e apenas...
Pelo que concluo que tudo isso não passa de uma divagação criada e alimentada pela nossa mente solitária.
A angustia voltou e divagando sobre o sexo dos anjos vou repintando esse velho quadro inacabado, há tanto tempo arrumado na poeira do sótão.





















1 comentário:

  1. Mas, há de ser melhor a solidão quando dentro dela mora alguém a nos fazer companhia nos pensamentos.
    Fico cá meio ressabiada com os seus textos assim intensos, essa sua amiga angústia não cansa das visitas?
    Ainda assim, pare sempre um texto incrível.

    Um beijo, Mr. Mickey.

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