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segunda-feira, 15 de junho de 2015

O pão que Deus amassou...











Estar presente em si e colar conchas, pintar de cores fortes a madeira virgem
O pedaço de casca de árvore, transforma-se em arte e renasce...

Dos obscuros recônditos do que doía, pelo agir vai se iluminando o ser,
surgem cores em círculos, laranja e amarelos do sol, como velas de cera bruxuleando no escuro
O trilho de regresso é cheio de trinados de pássaros tranquilos e o aperto,
o aperto do peito vai e vem, este ir não tem como não ir e vou...









Soberano e lúcido é como se deve ser,  como a flor amarela do cacto, 
das assustadoras agulhas do carnudo verde, desse corpo nasce a flor, 
soberana, irradiando beleza
Assim o sol rompe a noite fria e o trilho surge ali, a dizer, vem!







As agulhas no verde fui eu, por dentro conheci caminhos estranhos que me confundiram tudo
O tempo de fermentação depende da dor, ela deve ser profunda e longa para se chegar 
As portas da percepção não se abrem só pela prática da meditação ou por outras formas sublimes de se ir ao encontro de si.
A dor abre sem pena, o buraco da visão lúcida e demora, demora a doer...
Sarada a ferida o olho se abre, tudo fica mais leve, tudo é mais claro, enxergas  mais um pouco...








A lucidez, o gostar de estar assim, consigo em sintonia, afinal lá fora não tem mais confusão, 
este é o teu tempo, agora, o trilho é de ouro e a luz cega-me. 
Vou, não tem mais frio, sou pássaro de novo e de novo voo, lúcido !








sexta-feira, 11 de julho de 2014

O Buddha na lucidez de Pessoa


















Ninguém a outro ama, senão que ama
O que de si há nele, ou é suposto.
Nada te pese que não te amem. Sentem-te
Quem és, e és estrangeiro.
Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.
Firme contigo, sofrerás avaro
De penas.










Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afetos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.







Não queiras, Lídia, edificar no spaço
Que figuras futuro, ou prometer-te
Amanhã.  Cumpre-te hoje, não 'sperando.
Tu mesma és tua vida.
Não te destines, que não és futura.
Quem sabe se, entre a taça que esvazias,
E ela de novo enchida, não te a sorte
Interpõe o abismo?








Não quero as oferendas
Com que fingis, sinceros
Dar-me os dons que me dais.
Dais-me o que perderei,
Chorando-o, duas vezes,
Por vosso e meu, perdido.
Antes mo prometais
Sem mo dardes, que a perda
Será mais na 'sperança
Que na recordação.
Não terei mais desgosto
Que o contínuo da vida,
Vendo que com os dias
Tarda o que 'spera, e é nada




                                       





 





poesia de Fernando Pessoa 

         

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Buddha em tons de azul...
























Venerado, Amado, Único, também meu Buddha !!!

Os caminhos se entrelaçam , desaparecem no nevoeiro que surge, simplesmente deixo de ver caminho algum...
A paz permanece plena me preenchendo o ser , como se assistisse ao meu próprio drama, tomo coca-cola e como pipocas na plateia vendo tudo acontecer sem imaginar o final .
Meu Buddha, não é entender que eu busco, não é sequer resolver meus problemas, apenas sorrir ...
Por dentro fazer sorrir os afectos e o bem querer, por fora sorrir dos cabelos aos pés !!
Buddha , mestre do apaziguamento e do desapego, explica-me como consigo estar em paz, sem receio algum quando tudo o que me rodeia ferve em azeite, se cozinhando, se torrando sem dó nem piedade?









O mar beatífico em cores suaves e o silêncio sem vento deixam a água feito um tapete mágico em tons de azul..
Pergunto ao Mestre, como beber essa aura, essa vibração irradiante do cenário gigantesco em tons de azul, como beber o que estou a ver e a sentir, a Presença Imensurável do Divino, que tudo envolve e deixar essa bênção luminosa escorrer para dentro do meu coração ?
Pergunto se algo mudaria se eu saísse  da plateia, subisse ao palco e termina-se marcial essa peça surreal...
Cantando um reggae para a cadeira vazia deixada por mim
; será que depois quando saísse do Teatro da vida, quando transpusesse as portas para a rua, encontraria algo para além dum vazio velado?
Buddha teu nirvana , tua luz e sabedoria abarcam os espíritos de todos nós e seguindo ínfimo em minha já imensa pequenez, vou soletrando teus pensamentos e consolidando minha paz !
Estou pronto já faz muito tempo, estou tranquilo já faz algum tempo, sinto sim que estou e que sou  !!!























"Um indivíduo pode ter sido iludido no passado. Mas depois corrige seu pensamento e torna-se uma pessoa desiludida. Ele, portanto, é como a lua que saiu de trás de uma nuvem escura, assim, ele ilumina o mundo. "Buddha




                           







"A escuridão não pode expulsar a escuridão: só a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio: só o amor pode fazer isso."Buddha



                                                                                                                                                                                       
                                  




Existe uma única estrada e somente uma, e essa é a estrada que eu amo.
Eu a escolhi.
Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam e o sorriso se abre em meu rosto.
Dessa estrada nunca, jamais fugirei.
Buddha











sábado, 23 de março de 2013

no chuveiro com candeeiros...


















Hoje resolvi mandar os problemas para os buracos da rua para que os carros os amassem e os desfaçam sem contemplações...  estou radiante !!

Quero que tudo se resolva por si, que eu não me angustie ficando a espera do sinal verde, não quero mais !!!
Afinal de que serve isso se você não pode controlar ou mesmo influenciar o resultado final?





Então ficamos assim, vou gastar montes de litros do liquido precioso e vou-me chuveirar até a alma se sentir completamente fresca, depois vou sair da toca e trabalhar meus candeeiros bem na sombra da mangueira e ouvir música aos gritos, mas dentro do civismo claro...






Sinto-me um privilegiado por poder fazer o que disse e milionário por poder dispor do meu tempo mesmo sabendo que tenho todo o tempo para mim por estar sem trabalhar, sou um riquíssimo teso viu ?
O vil metal está chegando ao fim e começo a imaginar como será a vida debaixo da ponte mas estou feliz e positivo e mais, estou vivo, belo, alimentado e apaixonado, então....estou perfeito !!







Quero ser e sentir que sou, respirar e sentir a vida entrar por mim dentro fluindo , chilando, me acarinhando, me fazendo dançar e sorrir...
Viver vale a pena, não tem coisa mais bela que o sorriso de despreocupação irradiando no rosto de quem luta arduamente para não se angustiar...

Essa puta está aprendendo que comigo não tem mais hipótese !!!
Vou pro chuveiro, ciau !!




                                              

sábado, 9 de março de 2013

aprendendo sempre...




                                                                                   Irises, 1889  Vincent van Gogh 








                                                                                   
            
                                                                   



Aquela dita cuja, amiga do alheio, que por vocação rouba às almas o néctar do doce viver....
Voltou, volta sempre, vai voltar sempre...
O balanço de Jamiroquai  fluindo, como quando imaginamos que estamos no paraíso...mas não estamos.
Não existe paraíso algum, existem sim momentos em que sentimos estar no paraíso, e só....

Ah felizardos que somos por ter esses momentos de irrealidade, esses momentos reais de plenitude !!







A nostalgia chega sem avisar entrando por portas e travessas, sem permissão, sem que alguém a tenha chamado...e senta em cima de tudo!
O já vivido a cabra não tira, ela sem saber faz com que o paraíso visitado fique mais brilhante, mais encantador e extremamente apetecível...
Rindo-me para a cabra sei que como veio há-de ir e de certeza voltarei ao paraíso...
Assim são as visitas da peste e suas tentativas vãs para reinar...









 Perde sempre porque na balança pesam mais os momentos vividos com paixão, com o sangue fervendo, com a cabeça acelerando e com um sorriso rasgado permanente, do que as cinzentas razões que a peste  usa para se afirmar como sendo ela a forma em que tudo acaba...
Enganou-se a megera, ela é que serve para que queiramos mais é viver e usufruir ...
A cabra definitivamente está se dando mal....
A vida pulsando é muito mais forte do que a sombra gélida duma qualquer angústia, podem escrever !!!







sábado, 28 de abril de 2012

Fazer o quê?











Trash !  
 Lixo !

O lixo na cidade Pocilga lá para os lados do Pólo Sul brota com as características duma verdadeira pocilga...

Convive-se com ele simpaticamente, cruzamo-nos pelos passeios e sem emoção olhamo-nos indiferentes, sem mágoa...










O lixo é a prova material que nós somos uns animais produtores de detritos, uma verdadeira industria de transformação, só nos falta o instinto de nos esponjarmos nele como os suínos o fazem tão prazeirosamente...
Convencidos de que somos uma espécie superior, inventamos os perfumes, os desodorizantes, o incenso etc, que não passam de falsidades. Farsantes deixamos de ser verdadeiramente os bichos que somos...






Este desfasamento é reflectido na nossa animalidade mais pujante, como por exemplo  quando se come em faustos banquetes enquanto outros animais menos capazes se banqueteiam em   
latas de lixo...
Como é que nós conseguimos ser tão multifacetados na nossa rica vidinha ?
 Amamos apaixonadamente, morremos miseravelmente, celebramos com emoção, sucumbimos à angústia, rimos e gargalhamos como loucos, como se a vida estivesse no auge, matamo-nos aos milhares por causas ou sem causas, circulamos entre nós como mundos cerebrais intransponíveis, somos irremediavelmente sós...




Em certos lugares os milhares de crianças desesperadas, subnutridas, de esgazeados olhares parecem decalques psicadélicos  de Aushwitz e do outro lado do espelho rapazes atléticos, que por sabe-se lá que raio de desígnio  sabem dar uns chutos numa coisa cheia de ar e são o dinheiro e a fartura em pessoa , os heróis dos povos,  esbanjam em fins de semanas o equivalente a orçamentos gerais de certos povos, povos sem direito a nada , também sabe-se lá porque raio de desígnio...





Chega !
Pensa positivo!
Be happy!
...mas devo dizer que está um dia de sol neste início de Inverno africano, oiço música boa, apetece-me dormir, estou bem com o mundo e logo vou beber uns copos e continuar por aqui, pela minha amada cidade Pocilga e seus estranhos elementos...






domingo, 15 de janeiro de 2012

saturday night fly... - music, just music







Grande banda , grande som os percursores de muito daquilo que se faz na dance music,beat !!!
Heavy fellings tonight !!!









outro grande génio, extraterrestre ,tssss tssss tssss tss









a noite já vai alta em Maputo, as teclas olham para mim meio adormecidas, mas eu nao desisto e vou com a minha ganza atrás das emoções, flying....









this is my beat...freaky felling, just like that !!
a vida é tão nice e nós acabamos nos enredando em shitttttt.....











...ahmmmm, bom vou baixar o beat e relaxar para dormir...de manhã vou fazer a minha borboleta de ladrilhos no Massala Bar, byeeee








Ah... não pensem que eu não estou aqui...estou sim e de verdade, estou como a montanha, sólido e seguro...em relação ao  que não quero claro !!!
o resto, os Orixás, os Xicuembos, Buddha, o Inominável, o Perfeito Indescritível , whatever you can call Him ,me levará...




sábado, 3 de setembro de 2011

Thievery Corporation - Culture of Fear




 Os Thievery são uma sonoridade única e este último álbum é talvez o melhor, mais maduro e muito bem conseguido.
Música sensual,cool, boa onda !!!
Maravilha para os sentidos...


Thievery Corporation was formed in the summer of 1995 at Washington D.C.'s Eighteenth Street Lounge. Rob Garza and Lounge co-owner Eric Hilton were drawn together over their mutual love of club life, as well as dub, bossa nova and jazz records. They decided to see what would come of mixing all these in a recording studio, and from this, the duo started their Eighteenth Street Lounge Music record label.
The duo drew attention with their first two 12" offerings, "Shaolin Satellite" and "2001: a Spliff Odyssey" and with their 1997 debut LP, Sounds from the Thievery Hi-Fi.
In 2002 they released The Richest Man in Babylon on their ESL label. This fifteen track album is similar in sound and timbre to their earlier 2000 release, The Mirror Conspiracy, and features performances by vocalists Emilíana Torrini, Pam Bricker, and Loulou.
In 2005 they released The Cosmic Game, which has a darker, more psychedelic sound than The Richest Man in Babylon. The album also featured more high-profile guest singers on it, including Perry Farrell, David Byrne, and Wayne Coyne of The Flaming Lips.
In 2006 the group released Versions, a selection of remixes done by Thievery Corporation for other artists. They toured around the United States, playing at Lollapalooza. The tour was photographed by Rob Myers, Thievery Corporation's sitar and guitar player, in the Blurb photo book Thievery Corporation 2006.[1] In 2006, the band also recorded "Sol Tapado" for the AIDS benefit album Silencio=Muerte: Red Hot + Latin Redux produced by the Red Hot Organization.
The group released their fifth studio album, Radio Retaliation, on September 23, 2008. It was nominated for the Grammy for best recording package.[2] Thievery Corporation's tour started out with 5 consecutive sold out shows at the 9:30 Club in Washington, DC.[3]
The language of the group's lyrics throughout their career include English, Spanish, French, Persian, Portuguese, Romanian and Hindi. This reflects the group's world music influences.
They were the opening act on August 1, 2009 for Sir Paul McCartney at FedEx Field in Landover, Maryland.
On July 27, 2010, Babylon Central, the cinematic directorial debut of founding member Eric Hilton, was released. Set (and shot) in Washington, D.C., the film follows tripwire events in the interconnected lives of its characters, each influencing power brokers' schemes to manipulate international currencies.[4]
In June 2011, Thievery Corporation released their sixth album, Culture of Fear.
Wikipedia