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sábado, 16 de novembro de 2013

um beco com reggae...













Reggae music embalando a tarde de sábado, o cidadão entorpecido pelos dias de instabilidade 
vai se consumindo numa amnésia étilica, a música aos berros, o cidadão repete a rotina de todos fins de semana mas algo soa a falso.
O pessoal vai fazendo o mesmo de todos os fins de semana mas algo estranho, impalpável, não deixa que a alegria, a festa habitual  seja como todas as outras do passado muito recente .








O saco vem enchendo e o cheiro agora já se vai alastrando, como um perfume nauseabundo a intolerância  o orgulho e o ódio enchem o éter e mesmo que não queiramos ele ali está presente, nos agoniando, tirando-nos a bênção da tranquilidade.
Um dia perfeito de Verão africano, o movimento nas barracas, a enchente na praia, a música no ar, as vozes eufóricas nas combinações das farras, tudo igual mas por dentro a agonia da incerteza  triturando a esperança que já é escassa.









No cérebro da internet percorremos cada vez mais os canais que dizem sobre as guerras, que falam das catástrofes, nos dias de hoje não tem mais como se evitar isso e é assustador o facto de sermos esse tipo de notícia ...
As noticias ao minuto sobre o caos que se está a instalar na nossa terra fazem-me lembrar do impacto da primeira guerra do golfo, a primeira guerra em directo, hoje isso está institucionalizado e então somos bombardeados com todo tipo informação, acontecimentos dramáticos que estão misteriosamente a acontecer ao mesmo tempo, no momento, raptos, ataques militares, discursos inflamados, tudo isso chovendo nas nossas cabeças, a realidade legitimando tudo, sem dó nem piedade estamos a ser massacrados .









Somos prisioneiros de outras vontades que nos são desconhecidas por completo e quase explodimos !
As nossas vidas seguem ao sabor do acaso, os nossos direitos humanos não contam para nada, só nos resta esperar surrealmente que algo aconteça e tudo se resolva definitivamente, sonhar com isso...
Entretanto enquanto não acontece nada nós continuamos decididos a viver, a trabalhar, a lutar, a amar e por ai adiante ...
O tempo se encarregará de nos revelar o fim desta triste história.
Paz, por favor.