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domingo, 1 de julho de 2012

Silicone Soul & Soul Clap , a alma duplamente ...



















Constatar, assim mesmo...
Ficar lúcido com delay, assim como não querendo tipo um tingir liquido de azuis,  depois azul mais escuro e de novo os azuis mais claros, agora a clarearem até tudo ficar alvo, branco, límpido...cheio de luz!
never ending history...
as portas da percepção atravessadas sem surpresa...
o nirvana particular aprofundado num só átomo, mais suculento, os caminhos opostos se aproximando em Zen , sossegando...











Nenhum ser nos foi concedido. Correnteza apenas 

Somos, fluindo de forma em forma docilmente: 
Movidos pela sede do ser atravessamos 
O dia, a noite, a gruta e a catedral 


Assim sem descanso as enchemos uma a uma 
E nenhuma nos é o lar, a ventura, a tormenta, 
Ora caminhamos sempre, ora somos sempre o visitante, 
A nós não chama o campo, o arado, a nós não cresce o pão 




Não sabemos o que de nós quer Deus 

Que, barro em suas mãos, connosco brinca, 
Barro mudo e moldável que não ri nem chora, 
Barro amassado que nunca coze 


Ser enfim como a pedra sólido! Durar uma vez! 
Eternamente vivo é este o nosso anseio 
Que medroso arrepio permanece apesar de eterno 
E nunca será o repouso no caminho 


Hermann Hesse










Tudo se me evapora. 
A minha vida inteira, as minhas recordações, a minha imaginação e o que contém, a minha personalidade, tudo se me evapora. 
Continuamente sinto que fui outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espectáculo com outro cenário. 
E aquilo a que assisto sou eu. 
Encontro às vezes, na confusão vulgar das minhas gavetas literárias, papéis escritos por mim há dez anos, há quinze anos, há mais anos talvez. E muitos deles me parecem de um estranho; desconheço-me deles. 
Houve quem os escrevesse, e fui eu. 
Senti-os eu, mas foi como em outra vida, de que houvesse agora despertado como de um sono alheio. 

Fernando Pessoa