A música e as palavras fazem parte de mim.
Quero ouvir, dividir e respirar música...
e as palavras que dizem, quero-as como pinceladas alegres ou amargas, luminosas ou escuras, quero-as verdadeiras...
Azagaia, ou Edson da Luz, seu nome real, é um rapper, redactor publicitário/copywriter e estudante moçambicano, autor do polémico álbum Babalaze, e de hits como Povo no Poder e Combatentes da Fortuna. O seu estilo musical, mais ligado à crítica social, e a té certo ponto, política, é o que caracteriza Azagaia, o rapper.
Biografia
Nasceu em Namaacha, província de Maputo, a 06 de Maio de 1984, sendo filho de pai cabo verdiano e mãe moçambicana.
Azagaia é estudante universitário na A Politécnica em Maputo.
Azagaia iniciou a sua carreira musical no grupo de hip hop Dinastia Bantu, donde também fazia parte o MC Escudo, com o qual gravaram o álbum Siavuma. Mais tarde, entrou para Cotonete Records e lançou o seu primeiro álbum a solo, Babalaze.
A polémica de Babalaze surgiu depois que foi publicada a música As mentiras da Verdade, para a divulgação do álbum, trazendo uma crítica social que a muito não se ouvia. Azagaia foi motivo de debates em várias camadas sociais, económicas e faixas etárias, alimentando posts em blogs e muito mais. É claro que a música foi censurada por alguns orgãos.
Pouco tempo depois, Azagaia voltava à carga, lançando o som A Marcha outra música fortemente crítica. Depois veio o lançamento do álbum em si, a 10 de Novembro de 2007, sendo um recorde de vendas no dia de estreia em Moçambique. Este albúm contou com a participação do rapper português, Valete.
Depois da greve de 05 de Fevereiro de 2008, Azagaia recebeu uma intimação e teve de se apresentar a procuradoria, por causa de Povo no Poder, som que o rapper lançou falando sobre a greve. O rapper não chegou a ser acusado. Ainda neste ano o rapper participou de um festival de música do mundo em Portugal, cidade do Porto. O Festival Mestiço recebeu Azagaia que dividiu o cartaz com Marcelo D2, rapper brasileiro e Sam The Kid, rapper português.
A 25 de Dezembro de 2007 e de 2008, Azagaia lançou os sons Obrigado Pai Natal e Obrigado de Novo Pai Natal, onde ele faz uma retrospectiva dos principais acontecimentos do ano no país, segundo seu ponto de vista.
Em 2009, Azagaia lançou o vídeo Combatentes da Fortuna, da música que o rapper diz ter-se inspirado na crise do Zimbábwe. Ainda neste ano o surgiram afirmações indicando que Azagaia seria candidato a assembleia da República pelo cícrulo eleitoral da Província de Maputo, concorrendo pelo partido MDM, liderado por Daviz Simango. Contudo, o MDM não chegou a concorrer por este círculo. No final deste ano, Azagaia ruma para Angola para participar no show do rapper angolano Kid MC, e esteve de novo ao lado de Sam The Kid.
No ano de 2010 lançou a música Arri que retrata um escândalo de tráfico de drogas em Moçambique, bem como outros casos de fuga ao fisco e assassinatos. Este escândalo é referente ao empresário moçambicano Mohamed Bashir Sulemane que foi incluido pelos E.U.A numa lista de barrões de droga. Ainda neste ano, Azagaia participou de dois festivais de música na Dinamarca, o Fair Trade Festival e o RAW Festival, sendo que o primeiro tinha carácter beneficiente com a participação de músicos de vários quadrantes do mundo e o segundo virado para a música electrónica e urbana.
Está previsto para o ano de 2011 o lançamento do seu segundo álbum de originais que se vai intitular Cubaliwa (significa "nascimento" em língua do Centro e Norte do país- Sena)
Discografia
[editar]Albums Solo
Babalaze - 2007
[editar]Participações e Colaborações
Siavuma (da Dinastia Bantu) - 2005
Mais Hip Hop no teu ouvido (da Cotonete Records)- 2006
GPro Mixtape (da GPro) - 2009
As Últimas Palavras (de Y-Not) - 2009
[editar]Azagaia e a imprensa
Assim como qualquer outra celebridade no mundo, o contacto de Azagaia com a imprensa, particularmente moçambicana, é muito frequente. Mas talvez devido ao seu estilo musical ou tema das suas músicas, a relação entre Azagaia e a imprensa moçambicana nem sempre é das melhores. Desde que lançou Babalaze, Azagaia passou a ser censurado nos canais públicos de rádio e televisão. Quase numca passa uma música ou entrevista de Azagaia nestes canais.
Em 2008, a participação de Azagaia no programa Moçambique em Concerto da TVM foi cancelada na última hora. Azagaia chegou a escrever uma carta dizendo que não tirava chapéu para a TVM.
Em 2010, depois de voltar de Angola, onde realizou um show no dia 27 de Dezembro de 2009, Azagaia viu a sua cara no jornal Público, numa notícia que dizia Azagaia escapa assassinato. Azagaia desmentiu o facto, e numa entrevista dada ao Programa Atracções do canal Record Moçambique, Azagaia mandou lixar o jornal Público.
O rapper moçambicano de intervenção social, Azagaia (Edson da Luz no assento de nascimento), foi detido, neste sábado, pela Polícia de Investigação Criminal (PIC) por “posse” de drogas. Porém, há pessoas que falam em conspiração já que a detenção aconteceu precisamente no dia Aza-leks no Gil Vicente. A apreensão aconteceu depois das autoridades terem mandado parar o carro do músico, na avenida FPLM, onde descobriram suruma. Lembre-se que no dia da detenção o artista tinha marcado um concerto no Gil Vicente para estrear o seu novo videoclip “A minha geração”. Além de Azagaia, outra pessoa que seguia no carro foi igualmente detida. Sucede porém, que apesar do músico ter sido “flagrado” por agentes da PIC o mesmo foi conduzido à 6ª esquadra. No local, @Verdade tentou entrar em contacto com o músico para saber os motivos da apreensão, contudo, fomos informados de que apenas a PIC podia se pronunciar sobre a detenção. “Eles pediram para ‘guardar’ o detido”. Ou seja, “ainda hoje, se eles quiserem, podem transferir-lhe para outro lugar”. Sobre a quantidade, com a qual o músico foi alegadamente surpreendido, os agentes da 6ª esquadra confidenciaram-nos que era irrisória. Normalmente, “pessoas com aquelas quantidades não são detidas”. No caso de Azagaia “terá sido por essas músicas que ele anda a cantar”. O músico de 28 anos ficou famoso em 2008 quando lançou a música “Mentiras da Verdade”, na qual levantava o véu sobre a morte do primeiro Presidente de Moçambique Independente, Samora Machel. @ Verdade