A música e as palavras fazem parte de mim.
Quero ouvir, dividir e respirar música...
e as palavras que dizem, quero-as como pinceladas alegres ou amargas, luminosas ou escuras, quero-as verdadeiras...
Sentidos no âmago das cores dispersas, leves são meus suspiros e meus desassossegos sem rimas misturando os sabores , diluindo as mãos nas mãos encantando os olhares , olhares sem espelhos cristalinos embaciados de lágrimas doces , pétala a pétala com cuidado enquanto isso o vinho cor de sangue em vitral o copo torna cantos sagrados de vozes dos deuses na terra, sem devoção elevados aos píncaros da loucura não se despojam, nunca !!!
o pulsar do coração rimbomba dentro das praias ao longe a miragem grita surda enquanto sorrio para a lua amarelada em sépia deslavada foto encurvada como flores secas de papel plantadas na soleira de cal ao sibilar dos pássaros da tarde a sombra dança ao sabor do vento, ao sabor do amor que nunca acaba, brilha iridiscente e não fere...
esses livros escolhidos , pedaços de almas nebulosas despojos da dor e da lucidez são portas, são buracos negros altares de flores brancas, de aguas perfumadas de incenso de jasmim o mel e o bom whisky velho , as especiarias preferidas , o fumo adocicados sabores e flautas de pan embalando os véus no encontro dos sentidos somos ateus e inventamos cultos lá, onde não se lembra mais nada fica a ilusão perfeita fica o mistério do indizível,sossega a alma em alvoroço
(...) A morte (ou a sua alusão) torna os homens delicados e patéticos. Estes comovem-se pela sua condição de fantasmas. Cada acto que executam pode ser o último. Não há um rosto que não esteja por se desfigurar como o rosto de um sonho. Tudo, entre os mortais, tem o valor do irrecuperável e do perdido. Entre os Imortais, pelo contrário, cada acto (e cada pensamento) é o eco de outros que no passado o antecederam, sem princípio visível, ou o claro presságio de outros que, no futuro, o repetirão até à vertigem. Não há coisa que não esteja perdida entre infatigáveis espelhos. Nada pode ocorrer uma só vez, nada é primorosamente gratuito. O elegíaco, o grave, o cerimonial, não contam para os Imortais. Homero e eu separamo-nos nas portas de Tânger. Creio que não nos despedimos.
" Olá, tás aí? Estou ! Já tinha reparado.... Então porque perguntas ? " O velho cenário de cortinas vermelhas, de vermelho esfiapado e deslavado se abrindo para mais uma reprise...
Por traz das luzes sombrias os mesmos figurantes, ele e ela são a peça a acontecer nos bastidores... Ninguém entende que o que se vai passando no palco está gasto, estão como que hipnotizados, vivendo a vida dos personagens... as suas vidas são pobres e sem sentido...
A peça nos bastidores sob os rolos de corda e panos sujos pelo chão, vai-se desenrolando sublime... A angústia vestida de soberba, velhaca metamorfoseada de equilíbrio perfeito, de senhora do domínio do bem e do mal... Irrita-o esta condição humana tão primária e tão folclórica, como gostaria de ter o dom mágico de a fazer simplesmente desaparecer, de num passe de mágica transformá-la num ápice numa nuvem de penas de ganso...
Na plateia um casal de corvos moralistas cutuca nas cabeças da fila da frente, não são cabeças, são crânios velhos e amarelados pela incompreensão, essa maleita pior que a falta de tolerância... Uma nuvem luminosa vai ganhando cor, subjacente aos personagens, o vermelho alastra pelo fundo do cenário, o ambiente silencia e fica um zumbido no ar...
Ela, a porca sanguessuga, de novo metamorfoseada é agora a princesa adormecida e ele que de parvo não tem nada, desembainha a espada do desprezo e num salto matrix decepa a petulância que rola para o esgoto dos maus sentires... Claro que fantasia, ela a nojenta permanece, mas não por muito tempo... Está cumprido mais um exorcismo...
Corre pela praia, corre perseguindo ondas que lhe fogem sob os pés..
Parece que lhe tiraram o chão, ofegante pára e se encosta aos pensamentos mais profundos
O mar escuro como a noite que há muito caiu reflecte a lua gigante, lá para os lados da ilha Chefina...
O seu avô descendo as escadas, o sonho que sonhou, o ancião avisando-o para não se preocupar, que nada merece o nosso desassossego...
Sentado na areia, o espelho luminoso ondulando a sua frente, questiona-se:
Será que realmente vale a pena?
Vale sim !! - diz para si
"Vale sempre a pena quando a alma não é pequena" - ecoa dentro de si, o espírito intuitivamente parafraseia o poeta ...
Como uma silhueta cortando o mar de mercúrio, uma vela artesanal se aproxima silenciosamente...
Os pescadores que regressam vêm ruidosos e felizes.
Enquanto transportam o pescado para a praia, o inquieto aproxima-se e pergunta a um velho lobo do mar: Valeu a pescaria hoje? o velho sorrindo com os poucos dentes que lhe sobram diz-lhe: Vale sempre a pena, basta que voltemos e se trouxermos peixe para comer, é dia de festa; viver é saber aceitar e ser feliz com o que se tem... O inquieto sorriu e juntou-se aos pescadores e foi pela noite dentro se embebedar de alegrias...
Falar de Amy Winehouse é sempre motivo de agradecimento, agradecimento pela música que ela trouxe para as nossas vidas e mesmo depois de se ter adiantado ainda nos vai oferecendo... Sou fã desde a primeira hora e este álbum é como se ela nos tivesse deixado prendas para a posteridade, para irmos desembrulhando carinhosamente... Este 1º vídeo conta a história deste álbum póstumo...
Lúcido , sinto que a vida é para viver e curtir e não quero mais que as coisas secundárias tenham protagonismo...
nem o amor quero mais que me domine, quero ficar tranquilo e o amor se tiver que acontecer terá
de vir por si, sem que eu o sinta a chegar, não quero de outra forma, não quero mais jogos de
sedução, o amor tem de chegar de mansinho, brilhar sem se notar e ir aninhando-se no meu ser, de outra forma
não tem valor, não existe, é fogo fátuo, prefiro amar -me só.... mas nos entretantos sou do mundo e vou viver a vida efémera que tenho, com toda a entrega que isso signifique...amando-me !!!
Considera com
frequência a rapidez com que passam e desaparecem os seres e os
acontecimentos. A substância, como um rio, está em perpétuo fluir, as
forças em perpétuas mudanças, as causas a modificarem-se de mil
maneiras; apenas há aí uma coisa estável; e abre-se-nos aos pés o abismo
infinito do passado e do futuro onde tudo se some. Como não há-de ser
louco o homem que, neste meio, se incha ou se encrespa ou se lamenta,
como se qualquer coisa o tivesse perturbado durante um tempo que se
visse, um tempo considerável?
Marco Aurélio
Para mim, a vida é tudo
menos uma chama fugaz. É uma espécie de magnifica tocha ardente que
empunho neste momento e que eu quero que brilhe o mais possível antes de
a passar às gerações futuras George Bernard Shaw
O mundo consumista e do imediatismo retira-nos a capacidade de sentir , vai-nos despojando do lado humano, do sentir saudades, do sentar num banco de jardim e ouvir os pássaros, do chorar os nossos ídolos recém desaparecidos; vivemos sôfregos de novidades e descartamos sentimentos como quem deita fora a pastilha elástica depois de mastigar... Tenho saudades da Amy, ela deixou um espaço vazio na minha memória afectiva e quando a oiço cantar bate-me o sentimento triste de ter perdido uma amiga que me fez e ainda faz feliz... Maputo está invernoso, a minha alma também está cinzenta e a Amy aqui está a aquecer o meu ser entristecido... Tu viverás para além de tudo, a tua música é eterna e única !!! Miss you !!
Dionne Bromfield é uma garota inglesa de 15 anos que apareceu pela primeira vez num vídeo no Youtube, a cantar "If I Ain't Got You" de Alicia Keys. É bem comum vermos jovens cantoras (ou aspirantes) postando vídeos caseiros na internet, porém esse foi diferente. Dionne estava acompanhada de sua madrinha, Amy Winehouse.
Em 2009 Amy Winehouse abriu as portas da sua editora pessoal, a Lioness Records, á gravação do disco de estreia da sua protegida Dionne Bromfield, na altura com 14 anos. “Introducing Dionne Bromfield” deixava no ar a promessa de uma revelação. Um disco cheio de soul e versões de clássicos sob a orientação directa de Amy Winehouse.Já em 2011, Dionne regressa com novo disco onde sofisticação é a palavra de ordem. “Good for the Soul” é definitivamente uma das surpresas para este ano.
A cantora inglesa Amy Winehouse, 27 anos, foi encontrada morta hoje em casa, no norte de Londres, noticiou o canal de televisão Sky News.
Em Junho a cantora cancelou toda a digressão europeia que incluia uma passagem por Portugal pelo festival Sudoeste.
Britânica, natural de Londres, a cantora Amy Winehouse completaria 28 anos no próximo dia 14 de Setembro.
Amy era famosa pela voz marcante e visual arrojado. Começou no mundo da música aos dez anos quando fundou a sua própria banda amadora de rap, Sweet'n' Sour. Ganhou a primeira guitarra aos 13 anos e os 16 já cantava soul profissionalmente. O primeiro álbum (Frank ) foi lançado em 2003, o segundo (Back to Black) em 2006, actualmente trabalhava no terceiro disco. Amy cantava e compunha músicas de soul e Jazz famosas no mundo inteiro. Vinda de uma família judia composta de quatro pessoas, viveu a infância e adolescência em Londres com pai Mitchel Winehouse, a mãe Janis e seu irmão mais velho Alex Winehouse. Adepta de um estilo de vida atribulado, a sua carreira foi marcada por escândalos, exageros e problemas com drogas e álcool. Consumia drogas desde os 18 anos. Deixou a clínica de reabilitação em 2010, onde realizou um tratamento contra a dependência química. Os fãs garantem que será recordada acima de tudo pela música, apesar dos escândalos pelos quais ficou famosa.