Corre pela praia, corre perseguindo ondas que lhe fogem sob os pés..
Parece que lhe tiraram o chão, ofegante pára e se encosta aos pensamentos mais profundos
O mar escuro como a noite que há muito caiu reflecte a lua gigante, lá para os lados da ilha Chefina...
O seu avô descendo as escadas, o sonho que sonhou, o ancião avisando-o para não se preocupar, que nada merece o nosso desassossego...
Sentado na areia, o espelho luminoso ondulando a sua frente, questiona-se:
Será que realmente vale a pena?
Vale sim !! - diz para si
"Vale sempre a pena quando a alma não é pequena" - ecoa dentro de si, o espírito intuitivamente parafraseia o poeta ...
Como uma silhueta cortando o mar de mercúrio, uma vela artesanal se aproxima silenciosamente...
Os pescadores que regressam vêm ruidosos e felizes.
Enquanto transportam o pescado para a praia, o inquieto aproxima-se e pergunta a um velho lobo do mar:
Valeu a pescaria hoje?
o velho sorrindo com os poucos dentes que lhe sobram diz-lhe:
Vale sempre a pena, basta que voltemos e se trouxermos peixe para comer, é dia de festa;
viver é saber aceitar e ser feliz com o que se tem...
O inquieto sorriu e juntou-se aos pescadores e foi pela noite dentro se embebedar de alegrias...
Aloe Blacc eu gosto muito!!!!
ResponderEliminarTony,
eu uivo para a lua. Vc acha normal?
Bjs :)))
Se assim falou o avô, é porque é mesmo bom desassossegar, ao menos um tanto, a inquietude. E sentar-se à beira do mar. E perceber que tudo vale a pena. E depois, embebedar-se de alegria, pela vida que se tem, pelo que ainda se pode fazer com ela.
ResponderEliminarUm abraço, um abraço!
Boa semana, querido amigo.
Tony amado!
ResponderEliminarEntão é assim...lua cheia, enorme, iluminando, inspirando e transpirando questões do nosso ser. Devo ter perdido muitas músicas, poemas, gotas de suor das vivências suas de cada dia. Mas a vida é feita de perdas também, né? Sigo com as sôdades genuínas!
Beijuuss n.a.