A música e as palavras fazem parte de mim.
Quero ouvir, dividir e respirar música...
e as palavras que dizem, quero-as como pinceladas alegres ou amargas, luminosas ou escuras, quero-as verdadeiras...
Gastam a energia e o pouco dinheiro fingindo que são sérios e dançamos todos comemos e o carnaval é longo e oco Como uma onda revolta as pessoas fluem de lá para cá e de cá para lá, aos gritos, excitados como as crianças quando no circo os palhaços e os malabaristas os levam ao êxtase
Aqui o êxtase é feito de conspirações, promessas inverosímeis
as velhas trapaças com marionetes ainda funcionam
e o povo exulta, corre pelo areal, vai à loucura!
Do mais lerdo ao mais iluminado parece que todos se prontificaram a assistir ao espetáculo sem guião,
o show de improviso onde rabiscos são traçados
neste bafiento esboço mal feito,
Com pés de barro eles querem ser endeusados, nus, vocês acreditam? Tudo que começa mal normalmente acaba mal ou então mal continuará até ao fim dos dias À forma como temos sido tratados desde o inicio,
juntemos como num bolo o fermento destes últimos dias
feito de raiva, ódio, egoísmo e brutalidade e fiquemos à espera que ele faça crescer a justiça
Esperarão em vão, como foi possível acreditarem?
Santa ingenuidade ou hipocrisia?
Não, não, os próximos dias serão amargos, quero eu que no fim, quando tudo tiver terminado, que o caminho seja outro que não este tão sofrido Que a luz rompa definitivamente os corações endurecidos
ou que nós rompamos com os corações endurecidos e consigamos para nós o trato a que temos direito Poderemos então olharmo-nos ao espelho e sorrir
sem vergonha e com a dignidade conquistada
com a coragem que se adquire quando a injustiça, a subjugação e a mortal indignação nos são infligidas durante anos Não vai ser um parto fácil não, mas a criança vai nascer!
Sonhar é só o que me sobra, mesmo
sem saber o que será depois, sonho o fim da infâmia!
No país que não existia existindo mas que já não existe, os habitantes viviam convencidos de que eram cidadãos de verdade, que existiam.
Na verdade eles não estavam enganados, apenas não tinham noção da sua real inexistência.
Viviam os seus governantes convencidos de que eram os mais espertos do mundo, eles, os timoneiros do país que não existia.
Então neste país, os governantes acharam que podiam pedir dinheiro emprestado para fins obscurosaos poderosos do mundo, pensavam eles que ninguém iria descobrir ou cobrar. Isto aconteceu sem que o povo soubesse, nem o governo oficial soube, nem as instituições do estado souberam... Só num país que não existe é que tal loucura poderia ser engendrada. O facto é que mesmo sem existir o país endividou-se e remeteu o pagamento deste roubo efectuado por pessoas que não existem ao seu povo.
O governo e o maior partido da oposição discutiam a verdade e a mentira da democracia, como dois elefantes furiosos que se digladiam pisando o capim, nessa luta foram matando os filhos do povo, feitos capinzal sob as patas da intolerância e da ambição. Todos os dias morriam mais cidadãos.
Apesar desse país não existir os cidadãos foram morrendo realmente, parece estranho mas aconteceu.
A natureza furiosa com esta realidade, ainda por cima vinda de um país que não existia, também não os poupou e fustigou-os com uma longa seca.
Os cidadãos na sua maioria viviam como se em vez de sangue nas veias tivessem água a correr por elas; viviam como zombis, pareciam dopados, viviam acomodados ao caos e não percebiam que não existiam, a realidade era uma irrealidade. Nos países que existem, os cidadãos lutam pelos seus direitos, lutam pelo seu país, preocupam-se com a sua dignidade, como pais que amam os filhos, preocupam-se com o país que irão deixar como herança.
Naquele país que não existia, o povo teve o governo que merecia e o governo foi escolhido ou não por este mesmo povo, esta a questão que os levou à guerra suicida . Consta que esse país acabou por desaparecer debaixo duma guerra sem fim e duma pobreza jamais vista que matou quase a totalidade do seu povo . Passados trinta anos, sobraram apenas alguns cidadãos que dos escombros desse país, vão trabalhando arduamente para criar um homem novo, para criar um país que exista, diferente daquele de que eles mesmo foram um exemplo.
O ano está a acabar, mais um nestes já longos 58 da minha existência... Olhando para traz tenho a sensação que os últimos anos demoram cada vez menos a passar e este foi super rápido. Porquê ? Pergunto eu para os meus cabelos quase todos brancos e a resposta não me ocorre, fica a pairar num sem fim de possibilidades. Será que a carga que carregamos e que ano após ano se vem acumulando nos faz caminhar devagar e ao mesmo tempo dispara a mente em solilóquios e introspecção sobre o tudo que já se viveu de tal modo que não damos conta do tempo a passar? Ou será que por termos a consciência do tempo curto que nos resta, este acelera dentro de nossos corações só para nos fazer perceber que essa realidade é inquestionável: a perenidade da vida! Bom, no fundo o que me fica é uma vontade imensa de viver intensamente, hoje, agora, já! 2016 será o ano das vésperas dos meus 60 anos e como se me preparasse para atingir a maioridade e como tal a liberdade, espero neste ano celebrar todos os dias como se fossem o último e o resto só os deuses saberão. Amo a vida, o mundo, as pessoas e todas as outras formas da natureza e esse é o meu karma: Amar acima de qualquer outra acção! Espero que 2016 traga a paz que o meu povo tanto clama e que os deuses emprestem um pouco da sua clarividência para iluminar aqueles que não sei porquê guiam os desígnios deste nosso maravilhoso país. Ah! O mundo e toda a humanidade, que este ano seja melhor que os últimos, um desejo que sinto ser improvável, mas não custa pedir ! Amo-vos !!
" O maravilhoso da guerra é que cada chefe de assassinos faz abençoar suas bandeiras e invoca solenemente a Deus antes de lançar-se a exterminar a seu próximo."
Voltaire
A guerra, que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como tudo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.
Sendo falsa, prova que é falso todo o querer-alterar.
Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza os pôs.
Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer coisas, deixar rasto.
Pára o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados ao universo exterior.
A química directa da Natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento.
A humanidade é uma revolta de escravos.
A humanidade é um governo usurpado pelo povo.
Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito.
Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural!
Paz a todas as coisas pré-humanas, mesmo no homem,
Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
Fernando Pessoa
Até que a filosofia que torna uma raça superior E outra inferior, seja finalmente permanentemente Desacreditada e abandonada havera guerra Eu digo guerra Até que não existam mais cidadãos De 1º e 2º classe em qualquer nação Até que a cor da pele de um homem Não tenha maior significado que a cor Dos seus olhos haverá guerra Até que todos os direitos básicos Sejam igualmente garantido para todos Sem privilégios de raça, terá guerra Até esse dia o sonho da paz final Da almejada cidadania e o papel Da moralidade internacional Não será mais que mera ilusão a ser percebida e nunca atingida Por enquanto haverá guerra, guerra Até que os ignóbeis e infelizes regimes Que prendem nossos irmãos em Angola Em Moçambique, África do Sul escravizada Não mais existam e sejam destruídos Haverá guerra, eu disse guerra Guerra no leste, guerra no oeste guerra no norte, Guerra no sul guerra, guerra, rumores de guerra E até esse dia, o continente africano conhecerá a paz Nós africanos lutaremos Achamos isto necessário e sabemos que devemos ganhar E estamos confiantes na vitória O bem sobre o mal, bem sobre o mal O bem sobre o mal, bem sobre o mal
Bob Marley
Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais braços dados ou não Nas escolas, nas ruas, campos, construções Caminhando e cantando e seguindo a canção Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer Pelos campos há fome em grandes plantações Pelas ruas marchando indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais forte refrão E acreditam nas flores vencendo o canhão Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Há soldados armados, amados ou não Quase todos perdidos de armas na mão Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição De morrer pela pátria e viver sem razão Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Nas escolas, nas ruas, campos, construções Somos todos soldados, armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais braços dados ou não Os amores na mente, as flores no chão A certeza na frente, a história na mão Caminhando e cantando e seguindo a canção Aprendendo e ensinando uma nova lição Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Impressiona-me mais do que qualquer razão que nos esteja a
levar para a guerra, a falta de urgência! Não se vê, (e já lá vão dois anos que
a situação politica começou a feder), nenhuma urgência para resolver este
assunto que está a destruir as vidas de milhões de moçambicanos. Tem sido um
ruminar de estratégias, passam-se semanas, meses, anos, e a vida tem continuado
como se não estivesse a acontecer nada!
O tempo passando e o tecido social a ficar puído, a esgaçar, a rasgar-se. Vamos soçobrando feitos um farrapo! Sim, somos um farrapo que
desistiu de ser gente, abdicamos da nossa dignidade e nos acobardamos, como
galinhas vamos continuando a esgravatar nas migalhas que vão ficando pelo chão,
relegamos a nossa existência nas mãos de quem vive num mundo surreal, num mundo
falso, deixamos que oligarquias ricas nos embalem com relatos de agendas cheias
de compromissos, de discursos de estratégias, de promessas de guerra e de
promessas de entendimento, de verdades feitas de mentiras, e acima de tudo para
nossa desgraça, vamos testemunhando esta desenvergonhada, enraizada, FALTA DE
VONTADE!
Não pode haver vontade enquanto os interesses privados se
sobrepuserem ao interesse de todos. A questão aqui é o timing, aqui a situação
não justifica uma atitude drástica, o problema é minimizado à condição de uns
arrufos dum cidadão rebelde que não sabe perder e que como numa birra de
criança, que depois de berrar, chorar, bater com os pés no chão, percebe que
não leva nada e simplesmente desiste; para estes graúdos a tensão militar
também passará. É tudo uma questão de tempo , e a vida continuará perfeita e
radiosa. Não! Não passará e se calhar este vai e não vai poderá durar décadas,
arrastar-se por tempos imemoriais... Depende tudo da forma como se for
resolvendo o pagamento dos interesses dos envolvidos. Ou então uma guerra
eclodirá e não quero nem imaginar o que serão esses tempos se isso acontecer!
Que os Deuses todos nos protejam de uma guerra!
Não acredito mais nos nossos políticos, eles não são mais do
que estrangeiros na nossa terra, não vivem como nós, nem vivem entre nós, vivem
no outro lado de Moçambique que é vedado à maioria dos moçambicanos.
Para mim, a situação
é de tal modo volátil que exige que a sociedade civil pressione o governo, os
partidos da oposição e os seus lideres, e que estes mediados por uma equipa de
individualidades idóneas, comprometida com a paz, forte, entrem numa sala e de
uma vez por todas lavem essa montanha de roupa suja de sangue. Mais, só deverão
esses senhores sair dessa sala, quando tiverem chegado a um acordo sério e
aplicável no imediato.
Não vejo outra forma
de podermos resolver este assunto. A guerra sempre à espreita e a inércia dos
que têm o poder de resolver são espectros que estão a fazer com que a paciência
de um povo inteiro que está condenando diariamente a mais sofrimento, se comece
a esgotar. Não vêm ou não querem ver, que estão a hipotecar o futuro e a
existência de um povo. Sentem-se e trabalhem!
Não é um pedido é uma exigência! Senão arranjaremos outros representantes
do povo que queiram verdadeiramente nos representar e lutar, na defesa dos
nossos direitos !
Algumas canções extraordinárias vivem dentro de nós a vida inteira e connosco seguirão para além do tempo...
Auscultei-me acerca daquelas canções que no inicio se revelaram profecias e fontes de inspiração, meio abstracta a ideia, e depois de reflectir um bocado surgiram estas...
No tempo destas canções, vivíamos numa tribo nómada, nocturna, no future, bas-fond, hanging around ...
Nesta sinuosa viagem na imponderabilidade da vida, nesta fascinante existência que nos surpreende sempre, nada é, tudo está sempre em processo dinâmico, nada permanece ...
Como agir, quando de dentro de nós uma voz grita as nossas certezas, as nossas estratégias, o nosso acreditar, o tudo é possível?
Na base dessa marca que te define como ser, que define a tua personalidade, a tua pessoa, estão canções mágicas, músicas que te embriagaram e se alojaram dentro de ti para sempre, e te transformaram ...
Estas canções foram a metamorfose, depois delas e de tudo o que culturalmente a elas estava ligado , nunca mais fomos os mesmos...
Querida vem junto de mim Esta noite quero cantar Uma canção para ti Uma canção sem lágrimas Uma canção ligeira Uma canção de charme O charme das manhãs Envolvidas em bruma Em que valsam coelhos O charme dos pântanos Onde alegres crianças louras Pescam crocodilos
O charme dos prados Que se ceifam no Verão Para podermos rebolar-nos O charme das colheres Que rapam os pratos E a sopa de olhos claros O charme do ovo cozido Que permitiu a Colombo O truque mais luzido O charme das virtudes Que dão ao pecado O gosto do proibido
Podia ter-te cantado Uma canção de carvalho De ulmeiro ou de choupo Uma canção de plátano Uma canção de teca De rimas mais duráveis Mas sem ruído nem alarme Preferi experimentar Esta canção de charme Charme do velho notário Que no estúdio austero Denuncia o falsário
Ou o charme da chuva Escorrendo gotas de ouro Sobre o cobre do leito Charme do teu coração Que vejo junto ao meu Quando penso no bem-estar Ou o charme dos sóis Que giram sempre em volta De horizontes vermelhos E o charme dos dias Apagados da nossa vida Pela goma das noites
Impossível não querer entender, tudo está a acontecer seguido e ao mesmo tempo.
Lá da Coreia ameaçam mentes loucas e cheias de raiva fazerem explodir o planeta com armamento nuclear...
Nós frustrados com a nossa vida sem futuro melhor, conformamo-nos por estar muito longe de Pyongyang e sorrimos seguros e em paz na nossa merda de realidade...
... mas um mal nunca vem só, para fechar o ciclo da desesperança e do desengano, oiço o matraquear das AK47 em Muxungué e vejo os cidadãos tranquilos viajando de autocarro num suposto país em paz a serem mortos sem compaixão, o dejá vu da guerra civil está aí, real...
A guerra, que aflige com os seus esquadrões o Mundo, É o tipo perfeito do erro da filosofia. A guerra, como tudo humano, quer alterar. Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito E alterar depressa. Mas a guerra inflige a morte. E a morte é o desprezo do Universo por nós. Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa. Sendo falsa, prova que é falso todo o querer alterar. Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza os pôs. Tudo é orgulho e inconsciência. Tudo é querer mexer-se, fazer coisas, deixar rasto. Para o coração e o comandante dos esquadrões Regressa aos bocados o universo exterior. A química directa da Natureza Não deixa lugar vago para o pensamento. A humanidade é uma revolta de escravos. A humanidade é um governo usurpado pelo povo. Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito. Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural! Paz a todas as coisas pré-humanas, mesmo no homem, Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heterónimo de Fernando Pessoa
Como é que se faz um País?
Será que não conseguem os homens ser solidários e deixar de lado a avidez vampírica pelo Poder?
Começo a crer que a tal mudança que diziam ir acontecer a 21 de Dezembro começa a fazer sentido...
Como uma onda de um Tsunami surrealmente enorme ela se vem aproximando desde então...
As relações, as atitudes, a fragilidade de todo o quotidiano, a perenidade de tudo como se o presente fosse o último dia das nossas vidas, egoísmo, futilidade , culto do consumismo pelo consumismo, completamente oco de qualquer fundamento, ou seja, o boçalismo elevado a status dominante da sociedade, a insensibilidade para com o povo de um país riquíssimo que vive no limiar da miséria, a dança dos abutres, o riso das hienas, o cheiro a podre...
Que porra de merda é esta em que se transformou o meu país ?!?!
Obra mal feita, em vez construção responsável e em vez de se plantar para colher no futuro, colhem-se frutos híbridos, doentes no imediato .
O imediato é a religião e para isso o poder a qualquer preço como doutrina!!
A guerra muda tudo, destrói gerações, gasta tempo de vida, é uma merda !!
Tomara que esses senhores pelo menos consigam fazer calar as armas antes que nos desfaçamos em sangue !!
Triste será se um dia a vivermos de novo à base de repolho e carapau, falarmos do país que Moçambique já era antes desta 2ª guerra civil e também falarmos daquele país grandioso em que Moçambique se poderia ter transformado, se os homens tivessem sido menos egoístas, menos cegos, menos orgulhosos, menos burros neste momento!!!
Façamos uma mistura de liberdade, ganância, tesouros naturais, egoísmo, tesão de ditadura, deslumbramento, ódios, sentimentos de injustiça, desespero, pobreza extrema, sem vergonhiçe, muito dinheiro, etc, deitemos esses ingredientes voláteis num oceano de bom senso e os deixemos esfriar.
Verificaremos que depois de frios estes ingredientes não têm mais poder para nos fazer enlouquecer a ponto de começarmo-nos a matar uns aos outros, entre irmãos; acordaremos como se tivéssemos estado a viver um pesadelo, tenho a certeza.
Consertemos as nossas almas, resgatemos a nossa essência de povo e falemos das coisas que nos separam chamando os bois pelos seus nomes !!!
Não subestimemos estes sinais, este aviso de Muxungué é um sinal muito forte.
Basta de impunidade, basta de se pensar que alguns têm mais direitos do que a maioria, sejamos honestos e construamos a paz, a felicidade e o desenvolvimento deste País na base da verdade e do trabalho abnegado em prol de todos...
Parem esta palhaçada que já está a trazer de novo o luto provocado pelo ódio !!