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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sweet reggae e o Amor



























Falar de amor não é fácil, bem mais fácil é gritar a mágoa e o desencanto
Dizer do amor é como tentar desenhar no escuro, é como tentar descrever o sol a brilhar
O amor não é transportável para as palavras,  as emoções ficam diminuídas , elas servem só aos amantes.









Amar é transcender tudo e a paixão é dor e êxtase, é o sentir mais profundo da pulsão humana.
Morre-se de amor e ressuscita-se na paixão; nada mais tem significado se o amor se quebra nem que só por um instante...











O mundo e seus problemas, como a chuva caindo no mar desaparecem quando o amor reina.
Amai, apaixonai-vos, pois é essa a única razão  desta nossa existência 
















Eu simplesmente amo-te!
Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde.
Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: 
eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.
Pablo Neruda 















domingo, 15 de julho de 2012

Neruda num domingo jamaicano






                 
                 



Ao subir à noite ao terraço de um arranha-céu altíssimo e aflitivo, pude tocar a abóboda noturna e num ato de amor extraordinário apoderei-me de uma estrela celeste.
Era uma noite negra e eu deslizava pelas ruas com a est
rela roubada no meu bolso.
De trêmulo cristal parecia e era num átimo como se levasse um pacote de gelo ou uma espada de arcanjo na cintura.






Guardei-a, temeroso, debaixo da cama para que ninguém a descobrisse, sua luz porém atravessou primeiro a lã do colchão, depois as telhas, e o telhado da minha casa.

Incômodos tornaram-se para mim os afazeres mais comuns.
Sempre com essa luz de astral acetileno que palpitava como se quisesse retornar para a noite, eu não podia dar conta de todos os meus deveres cheguei a esquecer de pagar as minhas contas e fiquei sem pão nem mantimentos.





 

Enquanto isso, na rua, se amotinavam transeuntes, boêmios vendedores atraídos sem dúvida pelo insólito clarão que viam sair de minha janela.
Então recolhi outra vez minha estrela, com cuidado a envolvi em um lenço e mascarado entre a multidão passei sem ser reconhecido.








Tomei a direção oeste, rumo ao rio Verde, que ali sob o arvoredo flui sereno.
Peguei a estrela da noite fria e suavemente lancei-a sobre as águas.
E não me surpreendeu notar que se afastava como peixe insolúvel movendo na noite do rio seu corpo de diamante.