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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A corda vai rebentar...


















Impressiona-me mais do que qualquer razão que nos esteja a levar para a guerra, a falta de urgência! Não se vê, (e já lá vão dois anos que a situação politica começou a feder), nenhuma urgência para resolver este assunto que está a destruir as vidas de milhões de moçambicanos. Tem sido um ruminar de estratégias, passam-se semanas, meses, anos, e a vida tem continuado como se não estivesse a acontecer nada!
O tempo passando e o tecido social a ficar puído, a esgaçar, a rasgar-se. Vamos soçobrando feitos um farrapo! Sim, somos um farrapo que desistiu de ser gente, abdicamos da nossa dignidade e nos acobardamos, como galinhas vamos continuando a esgravatar nas migalhas que vão ficando pelo chão, relegamos a nossa existência nas mãos de quem vive num mundo surreal, num mundo falso, deixamos que oligarquias ricas nos embalem com relatos de agendas cheias de compromissos, de discursos de estratégias, de promessas de guerra e de promessas de entendimento, de verdades feitas de mentiras, e acima de tudo para nossa desgraça, vamos testemunhando esta desenvergonhada, enraizada, FALTA DE VONTADE!





Não pode haver vontade enquanto os interesses privados se sobrepuserem ao interesse de todos. A questão aqui é o timing, aqui a situação não justifica uma atitude drástica, o problema é minimizado à condição de uns arrufos dum cidadão rebelde que não sabe perder e que como numa birra de criança, que depois de berrar, chorar, bater com os pés no chão, percebe que não leva nada e simplesmente desiste; para estes graúdos a tensão militar também passará. É tudo uma questão de tempo , e a vida continuará perfeita e radiosa. Não! Não passará e se calhar este vai e não vai poderá durar décadas, arrastar-se por tempos imemoriais... Depende tudo da forma como se for resolvendo o pagamento dos interesses dos envolvidos. Ou então uma guerra eclodirá e não quero nem imaginar o que serão esses tempos se isso acontecer! Que os Deuses todos nos protejam de uma guerra!
Não acredito mais nos nossos políticos, eles não são mais do que estrangeiros na nossa terra, não vivem como nós, nem vivem entre nós, vivem no outro lado de Moçambique que é vedado à maioria dos moçambicanos.  










 Para mim, a situação é de tal modo volátil que exige que a sociedade civil pressione o governo, os partidos da oposição e os seus lideres, e que estes mediados por uma equipa de individualidades idóneas, comprometida com a paz, forte, entrem numa sala e de uma vez por todas lavem essa montanha de roupa suja de sangue. Mais, só deverão esses senhores sair dessa sala, quando tiverem chegado a um acordo sério e aplicável no imediato.
 Não vejo outra forma de podermos resolver este assunto. A guerra sempre à espreita e a inércia dos que têm o poder de resolver são espectros que estão a fazer com que a paciência de um povo inteiro que está condenando diariamente a mais sofrimento, se comece a esgotar. Não vêm ou não querem ver, que estão a hipotecar o futuro e a existência de um povo. Sentem-se e trabalhem! 

Não é um pedido é uma exigência! Senão arranjaremos outros representantes do povo que queiram verdadeiramente nos representar e lutar, na defesa dos nossos direitos !







domingo, 12 de outubro de 2014

...que se quebrem as grilhetas !!








                               

                             
                                                     foto de Zeca de Oliveira












Meu país vai para eleições na quarta feira dia 15 e pela primeira vez a Frelimo poderá sair do poder que ocupa desde a Independência em 1975.
 Seria bom que tal acontecesse, porque o povo está cansado desta ditadura encapotada de democracia,  que existe apenas para servir os interesses de uma oligarquia que vem enriquecendo despudoradamente, enquanto o povo vai continuando cada vez mais pobre, cada vez mais miserável.





Renamo e MDM, as alternativas ao poder estabelecido, fizeram a sua campanha num nível muito inferior à máquina riquíssima da Frelimo, mas mesmo assim,  sem artifícios para alienar as populações, arrastaram multidões que se mostraram interessadas em ouvir discursos diferentes, discursos críticos às promessas nunca cumpridas do passado, ouviram palavras cheias de esperança, promessas possíveis de ser realizadas.
 Esperamos que este país possa acordar das trevas, que este país possa finalmente se libertar das amarras do partido único, que tem permanecido ao leme deste país como se o país fosse uma propriedade sua durante tantos e tantos anos.








 Sonhar é legitimo, e como moçambicano tenho sonhado um dia acordar e ver o meu país liberto desta triste realidade .
 Espero que seja desta vez, que de mãos dadas possamos todos construir um verdadeiro  Estado de Direito , com forças politicas de cores diferentes, em igualdade de direitos e de possibilidades, que possam elas lealmente esgrimir seus programas, suas ideias, em liberdade e com um único fito, o de servir os moçambicanos.