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terça-feira, 8 de outubro de 2019

O cometa d'oiro



















Palavras que sorriem comigo 

 dizem o amor e brilham
nelas estrelas cadentes nascem 
 safiras tremeluzem num encanto musical  
 dedilham arabescos filigranas de oiro















O amor em palavras mil vezes dito e desdito
quando sentido por dentro do poema chora sorrindo
levanta as mãos aos céus onde no firmamento cisca
numa estrela o momento
A palavra amor e o amor se entrelaçaram são um só
 o abraço também acontece nos corações
que batem em uníssono graves
na pulsão do sangue nos sentidos













Amor num mar sereno de marés vivas
mãos dadas telepáticas a palavra calada
sem promessas nem juras
ficam os olhos da alma no céu o suspiro mais profundo
no beijo que cintila e adoça o mel
O cometa risca a ardósia da noite em oiro
gira flamejante vertiginoso
iça o amor e espreita
embevecido a eternidade












sábado, 23 de setembro de 2017

O amor de Sumbi







         
                                                                            jasmim do oriente













Essa leveza flui naturalmente quando as almas sorriem.
Às flores basta-lhes a cacimba da noite para de dia, exuberantes, perfumarem
 em coloridos tons florais, os passos dos que se amam.












Emocionados, de mãos dadas acariciam com as pontas dos dedos
os corações que se aconchegam .
Aureolados de uma plenitude macia e doce,
como o prazer terno que se sente ao afagar um pelo macio demais, 
os olhos sorvem o amor dos olhos nos olhos que se tocam, telepáticos...













Lânguidos movimentos que se querem perpétuos, nesse escorrer do mel pelos
lábios que se beijam, dessas almas que se tocam com uma delicadeza titubeante que só o desejo interrompe na sua urgência de arder...










Como é bom sorrir por dentro, gritar para o mundo ouvir que não se é mais triste não,
que afinal, mesmo tardando o amor verdadeiro chega e faz nascer em mim uma vontade louca de poetizar....











Escrever o que não é angústia, é um desafio do coração que já não é e não quer mais ser triste. 
A paixão pelas palavras não morreu quando fiquei feliz, preciso saber se elas terão sabor e texturas doces na mesma dimensão em que já foram amargor, desilusão e lágrimas...










quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O doce veneno da melancolia...








                                  












Nada! 

Horas e horas neste ponto morto 
Onde caiu agora a minha vida... 
Nem um desejo, ao menos! 
Só instintos pequenos: 
Apetite de cama e de comida! 

Nem sequer ler um livro 
Ou conversar comigo, discutir... 
Nada! 
Neutro, morno, a dormir 
Com a carne acordada. 

Miguel Torga












O prazer profundo, inefável, que é andar por estes campos desertos e varridos pela ventania, subir uma encosta difícil e olhar lá de cima a paisagem negra, escalvada, despir a camisa para sentir directamente na pele a agitação furiosa do ar, e depois compreender que não se pode fazer mais nada, as ervas secas, rente ao chão, estremecem, as nuvens roçam por um instante os cumes dos montes e afastam-se em direcção ao mar, e o espírito entra numa espécie de transe, cresce, dilata-se, não tarda que estale de felicidade.
Que mais resta, então, senão chorar? 


José Saramago















Dei-te os dias, as horas e os minutos 
Destes anos de vida que passaram; 
Nos meus versos ficaram 
Imagens que são máscaras anónimas 
Do teu rosto proibido; 
A fome insatisfeita que senti 
Era de ti, 
Fome do instinto que não foi ouvido. 

Agora retrocedo, leio os versos, 
Conto as desilusões no rol do coração, 
Recordo o pesadelo dos desejos, 
Olho o deserto humano desolado, 
E pergunto porquê, por que razão 
Nas dunas do teu peito o vento passa 
Sem tropeçar na graça 
Do mais leve sinal da minha mão... 

Miguel Torga













Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Vinicius de Moraes






quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Buddha falou assim...











A essência do Budismo está no caminho que nos leva á libertação do sofrimento..
Tarefa utópica mas ao mesmo tempo verdadeira e longa, quase direi humanamente impossível  ...
O sofrimento é o veneno que nos corrói e retira todo o significado á nossa existência
Este sofrimento na forma sentida pelo Buddha é mais próximo do sentimento de insatisfação, a nossa insatisfação, estamos felizes agora e daqui a pouco já não estamos...
Vivemos sempre nos extremos e a única forma de vida sem sofrer é a do meio, o equilíbrio é o caminho para se sair do ciclo do sofrimento. 







O Buddha diz que este sofrimento que todos sentimos tem uma causa, e essa causa está dentro de cada um de nós.
Ele depois explica que a causa é o desejo, a forma como nós lidamos com os nossos desejos mais íntimos, os verdadeiros.
O desejo tem de existir, o desejo de sermos melhores pessoas, o desejo saudável, o desejo nas suas vertentes extremas não, esse desejo causa o sofrimento. 
O Buddha deu como que uma receita para se poder viver sem o sofrimento permanente.
" Disciplina moral, consciência plena e sabedoria. "










Felicidade, Nirvana, o Buddha ensinou, podem ser encontrados no momento fugaz e na prática da meditação.
O Buddha nos ensinou como chegar a um acordo com os nossos pensamentos e desejos agitados, se nós nos tornarmos conscientes, mais atentos, ficaremos mais perto do entendimento e da tranquilidade.
" Muitas vezes a nossa mente não está tranquila o bastante. Então percebemos que talvez necessitemos de entender mais sobre a própria mente e como equilibrar as próprias emoções, como equilibrar a nossa mente e tentar cultivar mais felicidade "








Meditação não é para nos livrarmos da raiva ou da luxúria ou do ciúme. O que ocorre com frequência nas nossas vidas quotidianas é que sempre que experimentamos essas emoções, ficamos presos a elas.Elas começam a roer-nos, torcer-nos por dentro.Mas o budismo vai passando por dentro delas e saindo calmamente e isso traz-nos mais alegria.Nós não estamos a viver uma verdade parcial mas sim um conjunto de coisas juntas.
Interessante que o Buddha diz que todos nós somos Buddhas, apenas não nos revelamos, nosso ser Buddha está submerso em sofrimento, nós estamos demasiado ocupados com o corpo e tudo o que ele sente e deseja, desesperando para o satisfazer.

...inpirado pelo filme "The Buddha "(2010) David Grubin







quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O uivo dos lobos solitários...


















Páginas que se viram atrás de páginas, num incessante e continuo desfolhar de emoções,
Emoções e mais emoções, sem que o coração tenha descanso,
Ora exultando de felicidade e alegria de viver, ora amarrado no sufoco descrente e amargo do desespero...











O tempo que passa é analfabeto e nada escreve, passa enquanto as emoções tomam conta de nós,
Enquanto a insatisfação se passeia por cima de toda a sabedoria guru, por cima de todas as teorias  !  
Essa puta de angústia, cabra, ela é danada, nós pela simples condição de termos de viver somos sua presa fácil...
















Qual prozac, qual yoga, qual ganja, qual quê....
Temos de levar com ela e ficar de rastos, a dor só termina depois de ter doído tudo...
 Sacode a má vibração, pensa positivo, caga para o resto !!!
Como se fosse assim tão fácil ...















" Quero chorar, não tenho lágrimas, que me rolem nas faces...." - cantava o Nat King Cole e eu também não tenho lágrimas , mas dói p'ra xuxu !!!
Ficar com a dor e deixá-la doer, há-de  passar...













" Vá, põe um sorriso nessa cara e limpa essas lágrimas, já passou, já passou.... 
Como seria bom se fosse assim, como quando éramos crianças e tudo passava num ápice !!!















...mas não, uivamos para a lua, o pungente lamento, como lobos solitários!!









quarta-feira, 25 de abril de 2012

surreal_mente - musica do Brasil












Quando sem querer ele começou a poetizar, não sabia ainda que umas asas transparentes lhe  haviam 
já nascido faz meses...
Foi só quando naquela noite em que choveu uma chuva feita de  lágrimas de fel que no desespero de não se querer molhar, ele percebeu que voava...







O anseio de não ser triste deu-lhe o impulso que faltava e saindo a voar aos tropeções borboletou sem consciência da metamorfose que o tomara ..

Era a mais linda borboleta feita de reclusão e introspecção, voava se afastando da floresta ácida, desses troncos retorcidos de tanta insensatez...





Cortara os dedos enquanto construía o seu voar e as feridas haviam cicatrizado deixando seu tacto mais sensível à pele.
Agora aqueles cuja pele  seus dedos tocassem ,simplesmente se converteriam a tanta sensibilidade palpável...

 Em estado de espanto passava agora rasando as copas das acácias floridas;os pardais e os chiricos em sobressalto abriam os bicos incrédulos, não porque tivessem sede mas perdidos de admiração.







A poesia derramava-se no horizonte em cores vivas e as rimas essas estavam dispersas, mas para ele o que contava era a leveza de sentir o momento todo seu...
A vida cantada soava nos seus ouvidos como um concerto de flautas...
A brisa batendo-lhe de frente fazia que seus olhos se achinassem, e sorrindo sibilava...





domingo, 15 de janeiro de 2012

saturday night fly... - music, just music







Grande banda , grande som os percursores de muito daquilo que se faz na dance music,beat !!!
Heavy fellings tonight !!!









outro grande génio, extraterrestre ,tssss tssss tssss tss









a noite já vai alta em Maputo, as teclas olham para mim meio adormecidas, mas eu nao desisto e vou com a minha ganza atrás das emoções, flying....









this is my beat...freaky felling, just like that !!
a vida é tão nice e nós acabamos nos enredando em shitttttt.....











...ahmmmm, bom vou baixar o beat e relaxar para dormir...de manhã vou fazer a minha borboleta de ladrilhos no Massala Bar, byeeee








Ah... não pensem que eu não estou aqui...estou sim e de verdade, estou como a montanha, sólido e seguro...em relação ao  que não quero claro !!!
o resto, os Orixás, os Xicuembos, Buddha, o Inominável, o Perfeito Indescritível , whatever you can call Him ,me levará...