Quando sem querer ele começou a poetizar, não sabia ainda que umas asas transparentes lhe haviam já nascido faz meses...
Foi só quando naquela noite em que choveu uma chuva feita de lágrimas de fel que no desespero de não se querer molhar, ele percebeu que voava...
O anseio de não ser triste deu-lhe o impulso que faltava e saindo a voar aos tropeções borboletou sem consciência da metamorfose que o tomara ..
Era a mais linda borboleta feita de reclusão e introspecção, voava se afastando da floresta ácida, desses troncos retorcidos de tanta insensatez...
Cortara os dedos enquanto construía o seu voar e as feridas haviam cicatrizado deixando seu tacto mais sensível à pele.
Agora aqueles cuja pele seus dedos tocassem ,simplesmente se converteriam a tanta sensibilidade palpável...
Em estado de espanto passava agora rasando as copas das acácias floridas;os pardais e os chiricos em sobressalto abriam os bicos incrédulos, não porque tivessem sede mas perdidos de admiração.
A poesia derramava-se no horizonte em cores vivas e as rimas essas estavam dispersas, mas para ele o que contava era a leveza de sentir o momento todo seu...
A vida cantada soava nos seus ouvidos como um concerto de flautas...
A brisa batendo-lhe de frente fazia que seus olhos se achinassem, e sorrindo sibilava...
Que lindeza Tony!
ResponderEliminarBjs
As músicas, lindas, especialmente Vanessa da Mata, por quem sou apaixonada.
ResponderEliminarAdorei essa brasileirice toda e sou antecipadamente ré confessa: roubarei esse texto lindo e um desses vídeos para postar no meu Relicário. Me permite?
Beijos, Tony!
Obrigado Milene,
EliminarQuanta honra, claro que pode...
eu só fico é muito lisonjeado
beijo
apaixonante!
ResponderEliminar[contem 1 beijo]