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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O fim e o início se repetindo...













O ano está a acabar, mais um nestes já longos 58 da minha existência...
Olhando para traz tenho a sensação que os últimos anos demoram cada vez menos a passar e este foi super rápido.
Porquê ?  Pergunto eu para os meus cabelos quase todos brancos e a resposta não me ocorre, fica a pairar num sem fim de possibilidades.
Será que a carga que carregamos e que ano após ano se vem acumulando nos faz caminhar devagar e ao mesmo tempo dispara a mente em solilóquios e introspecção sobre o tudo que já se viveu de tal modo que não damos conta do tempo a passar?
Ou será que por termos a consciência do tempo curto que nos resta, este acelera dentro de nossos corações só para nos fazer perceber que essa realidade é inquestionável: a perenidade da vida!
Bom, no fundo o que me fica é uma vontade imensa de viver intensamente, hoje, agora, já!
2016 será o ano das vésperas dos meus 60 anos e como se me preparasse para atingir a maioridade e como tal a liberdade, espero neste ano celebrar todos os dias como se fossem o último e o resto só os deuses saberão.
Amo a vida, o mundo, as pessoas e todas as outras formas da natureza e esse é o meu karma:
Amar acima de qualquer outra acção!
Espero que 2016 traga a paz que o meu povo tanto clama e que os deuses emprestem um pouco da sua clarividência para iluminar aqueles que não sei porquê guiam os desígnios deste nosso maravilhoso país.
Ah! O mundo e toda a humanidade, que este ano seja melhor que os últimos, um desejo que sinto ser improvável, mas não custa pedir !
Amo-vos !!


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Fazer o quê?



















Raios partam os dias zangados. Nada há que se possa fazer para fugir deles. Esperam por nós, como credores ajudados por juros injustificáveis, para nos cortarem a fatia do nosso coração que lhes cabe. 

Não são como os dias tristes, que não conseguem habituar-se a uma realidade qualquer, que se revelou, sem querer, desiludindo-nos de uma ilusão que nós próprios inventámos, para mais facilmente podermos acreditar, falsamente, nela. Mas assemelham-se para mais bem nos poderem magoar. Depois. Quase ao mesmo tempo. Bem.






Quem não tem um dia zangado, em que ninguém ou nada corresponde ao que esperávamos? A felicidade é a excepção e o engano. Resulta mais de um esquecimento do que de uma lembrança. 

Pouco há de certo neste mundo. São muitos os pobres, mas não são poucos os ricos. As pessoas do sexo masculino não se entendem nem com as pessoas do sexo masculino, nem com as do sexo feminino. As pessoas, sejam de que sexo e sexualidade forem, compreendem-se mal. Dão-se mal, por muito bem que se dêem.








 As mais apaixonadas umas pelas outras são as que menos bem aceitam as diferenças, as incompreensões, os dias zangados e as noites zangadas que apenas servem para nos relembrar que todos nós nascemos e morremos sozinhos. E que viver é um enorme entretanto, de que devemos tirar partido, sobretudo quando há a sorte de amar e ser amado ou amada. 

Os dias zangados são dias de amor. Ninguém se zanga por desamor. O amor sobrevive e continua, como vingança. 

Miguel Esteves Cardoso










Nunca implore carinho, atenção ou amor. Se não é dado por vontade própria, não vale a pena ter....
Desconhecido








sábado, 9 de março de 2013

aprendendo sempre...




                                                                                   Irises, 1889  Vincent van Gogh 








                                                                                   
            
                                                                   



Aquela dita cuja, amiga do alheio, que por vocação rouba às almas o néctar do doce viver....
Voltou, volta sempre, vai voltar sempre...
O balanço de Jamiroquai  fluindo, como quando imaginamos que estamos no paraíso...mas não estamos.
Não existe paraíso algum, existem sim momentos em que sentimos estar no paraíso, e só....

Ah felizardos que somos por ter esses momentos de irrealidade, esses momentos reais de plenitude !!







A nostalgia chega sem avisar entrando por portas e travessas, sem permissão, sem que alguém a tenha chamado...e senta em cima de tudo!
O já vivido a cabra não tira, ela sem saber faz com que o paraíso visitado fique mais brilhante, mais encantador e extremamente apetecível...
Rindo-me para a cabra sei que como veio há-de ir e de certeza voltarei ao paraíso...
Assim são as visitas da peste e suas tentativas vãs para reinar...









 Perde sempre porque na balança pesam mais os momentos vividos com paixão, com o sangue fervendo, com a cabeça acelerando e com um sorriso rasgado permanente, do que as cinzentas razões que a peste  usa para se afirmar como sendo ela a forma em que tudo acaba...
Enganou-se a megera, ela é que serve para que queiramos mais é viver e usufruir ...
A cabra definitivamente está se dando mal....
A vida pulsando é muito mais forte do que a sombra gélida duma qualquer angústia, podem escrever !!!







segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Espelho líquido ...















Como será estar do outro lado do espelho?
Como será quando passarmos para a dimensão do não existir materialmente?
Continuar a existir  espiritualmente do outro lado do espelho é uma incógnita mas  também  uma esperança ...
Essa única certeza basilar de que temos prazo nos  deixa putos da vida e infelizmente ninguém voltou para contar como é ...
Não sabemos se como um fósforo que se apaga definitivamente nós também simplesmente terminaremos .








Os Livros Sagrados todos  têm explicações que não me convenceram nunca  e só basta mesmo é sossegar o facho.
Sossegar e viver o dia a dia em sintonia em harmonia com todos os elementos, em harmonia com a natureza.
Uma forma de nirvana essa de deixar de questionar o inquestionável e usufruir da vida sem a julgar,  sem dela nada cobrar , sem a colocar dentro de estereótipos.









Ah !!!
A curiosidade de saber como é do outro lado do espelho é desmedida...
O facto de termos esta capacidade inata de perceber o quanto nada sabemos, dá um certo sentido às nossas vidinhas ...
Se questionamos é porque fomos feitos para questionar e então não faz sentido não haver uma réstia de esperança em relação a possíveis revelações fantásticas..
Pago para ver e estou expectante em relação ao outro lado do espelho...








Tudo isto porque já me cansa esta existência tão previsível e toda engendrada na base do domínio dos mais fortes sobre os mais fracos.
Que merda termos de lutar numa luta desigual, sem saber se nessa luta outros factores inesperados não serão também introduzidos para a tornar ainda mais difícil !!!
Somos pó das estrelas, somos talvez aliens que invadiram este planeta, somos sei lá o quê...
Celebrar a vida é sem dúvida a única escolha que faz sentido e quando chegar a hora da passagem para o outro lado do espelho tudo se esclarecerá .









quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pessoa persistente...







                                            
















Não digas que o trabalho é desperdiçado, 

Nem que o esforço falha ou parece, no fundo; 
Não digas que aquele ao dever curvado 
É um entre os tantos sonhos do mundo. 

Pois não é em vão que em golpes seguidos, 
Com pressa medida, em fragor crescente, 
O mar actua nos rochedos batidos 
E invade a praia, ruidosamente. 










É certo que enfrentam suas investidas, 
Do seu bater forte parecem troçar, 
Esmagam com força as vagas erguidas 
E em espuma fazem as ondas rasgar. 

Mas ele bate e bate com força 
Em dias, semanas, em meses e anos, 
Até que apareça mossa sobre mossa 
Que mostre seus gastos, pacientes ganhos. 

E os anos passam, as gerações vão, 
E menores se quedam as rochas cavadas; 
Mas ele, com lenta e firme precisão, 
Baterá na terra suas altas vagas. 







Certo como o sol e despercebido 
Como duma árvore é o seu crescer, 
Trabalha, trabalha sem ser iludido 
P'la tenaz imagem que se pode ver. 

E quando o seu fim de todo obtém, 
Em sonoro embate, p'ra fender, se lança, 
Seu poder imenso ainda mantém 
E, inda mais além, nas águas avança. 

Alexander Search, in "Poesia"




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

paraíso perdido ...












O bass dando o beat e o individuo seguindo a passo e compasso
gin e manga juice escorrendo para as meninges sedentas
o feriado deixou um trilho de musicas pela cidade e elas ficaram ecoando , ecoando...
na boca da toca o narizito empinado fareja o sentido das coisas




uma pontada nas costas lhe avisa da perenidade de estar
da penumbra olha o verde das folhas da majestosa mangueira em flor
os sons planam ao nível do tecto, ele está submerso

a terra o rodeia, os grilos grilam a meio tom, trinam...

na cave o solilóquio vai profundo e a escuridão se aproxima sorrateiramente...





Faça-se luz e a musica se pronuncie....

Lá onde os sonhos ficaram pendurados em varais, se abram as cortinas e deixem a noite ser plateia ...
Tambores tocando , os arautos das vidas perdidas se fazendo ouvir em harmonias complicadas, desenhando mapas e notas musicais nas histórias infames dos desconsolados.

Tacteando , inalando aromas, olhando longamente acaba o insone  provando o sabor salgado das coisas estáticas...

Coisas feitas de corações de pedra, de cores vivas escarradas no chão da ignomínia dos homens, lá onde não encontras o paraíso...
 Rebusca e busca e encontra o mesmo, nada...







Falar de coisas alegres, de sorrisos e beijos de amor, falar das mãos dadas na berma da praia, falar do brilho no olhar  de quem acredita, falar de ilusões, falar da espera eterna, falar em fé, falar...
Para quê fingir?
Lá na caverna, lá na toca, lá na cave a esperança tremeluz tal vela que pouco ilumina e o individuo não se agacha, não!!!
 Sai da toca e ao clarão da noite de néon  atira sarcástico e meio demente a pergunta lapidar:


 -Podes me indicar oh noite interminável,  como fazer para só vislumbrar um pouco desse tal de paraíso? 

Obviamente que a noite não lhe responde mas mesmo assim aguça o ouvido, não vá a noite sussurrar e ele não ouvir...





quarta-feira, 20 de junho de 2012

Babylon is falling...













Quando o juízo final chegar quero estar sentado na fila da frente e quero ser julgado...
vou dizer que passei por aqui sempre expectante e sempre disposto a ir mais além, seguindo a miragem do bem...
vou dizer que nunca foi minha intenção fazer deste planeta um lugar ruim...
vou dizer também que nunca percebi as regras que nós inventamos para nós,  nem os resultados antagónicos entre o que se conseguiu tecnologicamente e o fracasso do que não se conseguiu para a humanidade num todo...





Vou berrar com raiva e desencanto pelo facto da maioria ter vivido sem nunca ter realizado os seus anseios e reenvindicar saber  o porquê de só alguns terem chegado lá...
vou perguntar porque razão tivemos de passar por tantas provações e mesmo assim não entendermos o porquê...





Nesse dia vou expurgar meus podres e exigir a justificação de ter tido de entrar num jogo em que não pedi para participar...
vou me rir na cara dos juízes e dizer-lhes que não tenho medo de nada e que a minha alma já não lhes pertence desde há muito...
quando soarem as trombetas do veredicto eu quero estar atento e estarei pronto para o que der e vier, 
só espero sem humildade alguma que  no fim TUDO FIQUE CLARO E EU PERCEBA OS DESÍGNIOS QUE NOS FIZERAM AQUI SURGIR E AQUI PERMANECER ...





 Por agora a minha raiva egoísta, pessoal, é apenas uma insignificância face ao caos...e é insanamente corajosa 
Toquem música!!!
Toquem sons embriagantes da Babilónia a ruir....
Sirvam-me o amor, embriaguem-me de prazer, deixem-me gargalhar até aos limites, deixem-me ficar LOUCO, enlouquecido...enquanto ainda tenho tempo!!!






quarta-feira, 28 de março de 2012

Massala Bar













quando a borboleta ficou pronta...
depois o bar ficou pronto...









































































e no passado dia 23 abrimos, sem pompa nem circunstancia... abrimos e pronto, a festa fica para depois...























...por fim, e depois  de tanto trabalho e paixão me fico pedindo humildemente a bênção aos Deuses nesta nova etapa !!








quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Borboletar - music by Jamiroquai












A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo.
A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento.
No Japão a borboleta é um emblema da mulher, por ser graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas (masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em casamentos. Também são vistas como espíritos viajantes que anunciam a morte de uma pessoa próxima quando aparecem. A metamorfose das borboletas é simbolizada como: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição. Também pode ser vista como a saída do túmulo.
O termo grego psyche tinha dois significados originalmente. Um deles era alma e o outro borboleta, que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo com uma forma de borboleta.
No mito do imortal jardineiro (Yuan-ko), sua bela esposa ensina o segredo dos bichos-da-seda, sendo ela própria, talvez, um bicho-da-seda.
No mundo sino-vietnamita a borboleta serve para exprimir um voto de longevidade ou é associada ao crisântemo pra simbolizar o outono.









Um conto irlandês chamado Corte de Etain simboliza a borboleta como a alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã. No conto o deus Miter se casa pela segunda vez com uma deusa chamada Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, transforma-a em uma poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma em uma linda borboleta. Mider e Engus (filho de Dagda) recolhem a lagarta e a protegem. "E essa lagarta se torna em seguida uma borboleta púrpura.(...) era a mais bela que já ouve no mundo. O som de sua voz e o bater de suas asas eram mais doces que as gaitas de foles, as harpas e os cornos. Seus olhos brilhavam como pedras preciosas na obscuridade. Seu odor e seu perfume faziam passar a fome e a sede a quem quer que estivesse cerca dela. As gotículas que ela lançava de suas asas curavam todo o mal, toda doença e toda peste na casa daquele de quem ela se aproximava. O simbolismo é o da borboleta, o da alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã, e transformada em benfeitora e bem-aventurada."
Os astecas consideram a borboleta como um símbolo da alma, ou o sopro vital que escapa da boca de quem está morrendo.







Os balubas no Zaire central também simbolizam a borboleta como a alma. Eles dizem que o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte. O homem na infância é comparado a uma pequena lagarta e na maturidade, uma grande lagarta. Conforme vai envelhecendo, ele vai se transformando em uma crisálida. O seu túmulo seria associado ao casulo, de onde a alma sairá sob a forma de uma borboleta.
Os iranianos acreditam que os defuntos podem aparecer sobre a forma de uma mariposa.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros descem à terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca (HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana. Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.

http://www.dicionariodesimbolos.com.br/searchController.do?hidArtigo=10D3998FD6EBD7575E722E63A61CA679







Conta-se que, quando as tropas aliadas invadiram os campos de concentração na Alemanha e Polónia, encontraram algo que lhes chamou a atenção, nos barracões designados às crianças. A Dra. também pesquisou nos campos,dando essa significação espiritualista para as borboletas. Nesses diferentes campos de concentração havia, por todas as paredes, nos barracões onde essas crianças passaram sua última noite, desenhos de borboletas. Eram desenhos arranhados à unha, feitos com pedras ou pedaços de tijolos.






Essas crianças, em meio à miséria, fome e dor, apartados de seus afetos, conseguem nos dar a explicação maior da vida. As borboletas que desenhavam era aquilo que intuitivamente percebiam ser a morte: a liberdade de um casulo pesado.
Ao morrer, somos todos borboletas a sair de seu próprio casulo, para conseguir alçar voos maiores.
No enterro, apenas o casulo permanece encerrado no cofre fúnebre enquanto a alma, a borboleta, tem a possibilidade de, liberada, alçar voos em céus de liberdade e de felicidade.

  (com a devida vénia
          Regina Rozenbaum)