domingo, 1 de abril de 2012

... - music by Zero 7












Tarde de domingo meio fresco e ele com sua companheira fiel e inteligente, a net...
começa a se cansar dessa angustia, dessa sensação de sufoco suave, sempre..









o que o rodeia não tem mais surpresas, nenhum milagre vai acontecer, nenhum...
então por dentro, ele percebe que  nunca irá encontrar o suficiente para apaziguar essa angustia, nada é já suficiente para que ela se sacie...








ele sabe aquilo que não quer para a sua vida, sim sabe, mas o não saber o que querer, ou o não existir uma emoção em querer algo, deixa o desencanto e o vazio se instalarem...











" Eu tenho de viver um dia de cada vez e sorrir, aceitar esses factos, acho que sim...não vale a pena dar valor a esses factos eu sou feliz assim mesmo, com a invasora e instalada angustia do lado
e ela que se ponha no seu devido lugar !!! "
pensou sorrindo e suspirou profundamente...








quarta-feira, 28 de março de 2012

Massala Bar













quando a borboleta ficou pronta...
depois o bar ficou pronto...









































































e no passado dia 23 abrimos, sem pompa nem circunstancia... abrimos e pronto, a festa fica para depois...























...por fim, e depois  de tanto trabalho e paixão me fico pedindo humildemente a bênção aos Deuses nesta nova etapa !!








domingo, 25 de março de 2012

Sinead O' Connor







                                         





Rebelde, rebelde, rebelde, irreverente e muito linda !!

Sinnead  O'Connor foi um marco na minha geração, ela estava muito à frente e com posicionamentos contracorrente que abanaram os alicerces do que era o estabelecido
A marca inconfundível da voz portentosa...
A criatividade ano após ano não é para todos , normalmente ela esgota-se e muitos acabam destruindo uma carreira de sucesso por não perceberem que acabou ...
Este álbum não é nada disso, é uma obra séria, madura, com alguns temas muito bons ..
Valeu olhar para ela e ver o tempo que já passou , desde...

































                                           
























http://pt.wikipedia.org/wiki/Sin%C3%A9ad_O'Connor

quinta-feira, 22 de março de 2012

Eu gosto... - music by Jakatta







                Flying lesson (Robert Parkeharrison )
                   


Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.

Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.

Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca. 


Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.







Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.

Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que nos descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias. 

Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.


Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosto de gente que tem personalidade.







Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração. 

A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.

Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.









Impossível ganhar sem saber perder. 
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.
e isso é algo que muito pouca gente tem o privilégio de  poder experimentar

Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...
Mário Benedetti




segunda-feira, 19 de março de 2012

Robert Glasper e Maverick Sabre






...no meio duma angústia sem tamanho, nesta   infindável sucessão de desencontros, numa espécie de ansiedade sufocante resumindo,vivendo na crista duma emoção desmedida, total e sem saída!
Acredito que melhores tempos virão...
Enquanto ouvia alguns álbuns recém baixados eis que   surgem estas pérolas,  ainda cedo principio da noite, dando-me assim tempo para viajar e sossegar. Tempo em que estarei  desligado do secundário, daquilo que nos atormenta a vida, tempo para usufruir do que de melhor a vida me dá: a boa música.









Robert Glasper Experiment, disco fabuloso, jazz inovador e ao mesmo tempo clássico...










                                    







e este álbum debut de Maverick Sabre, com uma voz muito semelhante a de Finley Quaye, muito bom dos especiais ...














domingo, 18 de março de 2012

Antonin Artaud - music for saturday loners





...a história deste escritor maldito sempre me fascinou e continua a fascinar...

"Em 1937  Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco...  "


















Não quero que ninguém
ignore meus gritos de dor, e
quero que eles sejam ouvidos








O dever

Do escritor, do poeta
Não é encerrar-se cobardementre num texto
Num livro, numa revista de onde nunca sairá,
Pelo contrário, é vir
Para o exterior
E sacudir,
Atacar
O espírito público.
Ou então para que serve?
Para que nasceu?












Pode-se falar da boa saúde mental de Van Gogh, que em toda a sua vida  apenas assou uma das mãos e, fora  isso, limitou-se a cortar a orelha esquerda numa ocasião.  Num  mundo no qual diariamente comem vagina assada com molho verde ou sexo de recém-nascido  flagelado e triturado, assim que sai do sexo materno.  E isso não é uma imagem, mas sim um fato abundante e cotidianamente repetido e praticado no mundo todo.
    E assim é que a vida atual, por mais delirante que possa parecer esta afirmação, mantém sua velha  atmosfera de depravação, anarquia, desordem, delírio, perturbação, loucura crônica,  inércia burguesa, anomalia psíquica (pois não é o homem,  mas sim o mundo que se tornou anormal),  proposital desonestidade e notória hipocrisia,  absoluto  desprezo por tudo  que  tem uma  linguagem e reivindicação de uma ordem inteiramente baseada no cumprimento de uma primitiva injustiça; em suma, de crime organizado.   Isso vai mal porque a consciência enferma mostra o máximo  interesse,  nesse momento,  em não recuperar-se da sua enfermidade. Por isso, uma sociedade infecta  inventou a psiquiatria,  para  defender-se   das  investigações feitas por algumas  inteligências extraordinariamente lúcidas,  cujas  faculdades de adivinhação a incomodavam.









quarta-feira, 14 de março de 2012

Oscar Wilde - music by Aya











Adoro os dois, Miguel Migs e a divina , a anti vedeta Aya...
Sou admirador da inteligência e da rebeldia de Oscar Wilde
Um cocktail que resulta mágico !!!
Depois da tempestade vem a bonança...fecham-se portas e outras se abrem...
Um dia de cada vez and  life carry on.














                             




Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 



















Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 













     






Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice! 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


















fotos roubadas de:
https://www.facebook.com/designdautore

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pudesse - musica d'África











Pudesse eu transformar o teclar nas letras em dizeres lindos, histórias fascinantes, poemas vibrantes, gritos melodiosos 

pudesse eu ao falar dizer venturas, elevar os seres aos  seus limites, levar todos numa viajem nova

pudesse eu olhar o céu e ver no temporal a bonança e a harmonia vindouras, o serenar inevitável que o desesperado não vê
pudesse eu chorar e o cair das lágrimas  levasse pelo éter o lamento vero do que no interior acontece, fazendo chorar também o indiferente















pudesse eu perceber  o que não se explica, o que como o tempo é de um improvável  sentido aleatório

pudesse eu entender o absurdo do mundo, perceber o surreal circulo crónico da infâmia, entender só  um pouquinho...
pudesse eu dizer da beleza da criação, e dizer o mesmo da natureza humana, ao invés de se me torcerem as entranhas quando penso nela, tantas vezes 
 pudesse eu ter inventado coisas como egoísmo, ignorância, crueldade, insensibilidade...e não mo tivessem deixado fazer , e elas  nunca tivessem chegado a nascer !!
pudesse...










fotos de Hans Silvester   - as tribos do rio Om

















terça-feira, 6 de março de 2012

Banksy - street art


















Banksy é o pseudónimo de um grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema inglês.

 Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma distinta técnica de stencil. 
Seus trabalhos de critica social e política podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.
 O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol e envolveu colaborações de outros artistas e músicos.
 De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol (Inglaterra), onde também foi criado. 
Filho de um técnico de fotocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerosol em Bristol no fim da década de 80. 
Observadores notaram que seu estilo é muito similar à Bleck Le Rat, que começou a trabalhar com estencils em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de tubulação de Londres no fim da década de 70. 
Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-las.
 Banksy não vende seus trabalhos diretamente, no entanto, sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores.
 O primeiro filme de Banksy, ‘Exit through the Gift Shop’, teve sua estréia no Festival de Filmes de Sundance. 
Foi oficialmente lançado no Reino Unido no dia 5 de março de 2010 e em janeiro de 2011 foi nomeado para o Oscar de Melhor Documentário.










                                      

































































domingo, 4 de março de 2012

Domingo sem Irina















O ciclone Irina resolveu vir fazer charme aqui à nossa frente, na nossa costa maputense...
Ela veio ameaçadora e meio furibunda, chegou as nossas portas e começou a saracotear-se e nem para a frente , nem para traz...
Ficou para ali a se exibir, a  mostrar-se...
Fartou-se, pois ninguém ligou nada a sua exibição e como uma  femme fatale foi deslizando costa a baixo...
Resolveu nos poupar, resolveu ir assombrar lá para as bandas da  costa sul africana.










...mas não acabou, segundo as previsões ela vai voltar dentro de dias e vai fazer uma volta de 360º triunfal, obscena,  à nossa frente vai qual touro frente ao pano vermelho se enervar e depois ...
não sei mas não quero nem imaginar !!!
Tomara que fique possessa e se ponha a dançar   enquanto não se decide e acabe se desfazendo em êxtase , se diluindo  por ali, pelas águas tépidas do nosso amado Índico.














Pérolas & Gurus











Os génios são aqueles que dizem muito antes o que se dirá muito depois.

Gomez de La Serna

















































quinta-feira, 1 de março de 2012

Dois velhos poemas - música de Imogen Heap



















Nesta viagem surreal em que vagueio, encontrei enquanto vasculhava meu velho espólio de livros empilhados no chão do meu quarto,  recém chegados do passado, este velhíssimo poema dos times ...









Três donzelas foram de viagem
Uma levava um pedaço de pão
                                         na mão
Uma disse
                 Cortemo-lo e dividamo-lo


E chegaram a uma floresta vermelha
e no meio da floresta vermelha
                 encontraram uma igreja vermelha
e na igreja vermelha
              havia um altar vermelho
e em cima do altar vermelho
               estava uma faca vermelha
e agora chegamos à parábola
                                                     Elas
pegaram na faca vermelha e feriram 
                                                   o pão
e onde o golpearam com a
                                           faca tão vermelha
                                           o pão era vermelho
Lawrence Ferlinghettti














... noutro livro amarelado, de ásperas folhas encontrei este também dum outro tempo...









O peso do mundo
          é o amor.
Sob o outro peso
         da solidão,
sob o outro peso
         da insatisfação

         o peso,
o peso que trazemos
         é o amor.
Quem pode negá-lo?
          Nos sonhos
ele toca
          no corpo,
em pensamento
          constrói
um milagre,

          em imaginação
angustia-se
           até nascer
num ser humano -

do coração espreita
         em pura chama -
pois o peso da vida
        é o amor,

mas trazemos o peso
         muito cansados,
e assim repousamos
nos braços do amor
        por fim ,
repousamos nos braços
          do amor.

Não há repouso
          sem amor,
nem sono
        sem sonhos
de amor -
          seja louco ou gelo
obcecado por anjos
           ou máquinas,
o desejo final
          é o amor
-não pode amargar,
     não pode negar
nem pode fugir
          quando for negado

o peso é de mais

      - tem de se dar
pois nada em troca
          como pensado
é dado
         na solidão
por mais que excele
         e que se exceda.  


Os corpos quentes
         brilham juntos
na escuridão,
         e a mão move-se
para o centro
          da carne,
a pele treme
         de felicidade
e a alma assoma
         alegre nos olhos -

sim, sim,
          é isso mesmo
que eu quero,
          que eu sempre quis,
pois sempre quis
        regressar
ao corpo
          de onde nasci.


Allen Ginsberg















domingo, 26 de fevereiro de 2012

electronic music - sair por aí !!!







                        











dizer o quê?
be sincere !...
Fogo nos olhos, labaredas ardendo a volta, o mundo se entornando feito lava ..
como dizer?
Be sincere!...
 this music flows, my legs are trembling..
don't do it !!!!









Leve, flutuando no éter , o bass levando nuances de psicadelismo retro...
na recta final do sonho ou quase no inicio doutro...se confundindo, qual ??
I see everything ...










desconstruir ou reeinventar...
linguagens claramente superiores, a música ...as emoções

nós simplesmente gatinhamos, longe de nos levantarmos para caminhar...






 Fevereiro já foi, 2011 acabou ainda agora, amanhã já era...time is shit !!
vamos dançar a Gaelle com a luz apagada , e sair, sair, ir.....




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Noite de chuva - música de Nick Colionne





                                   
















Chove lá fora, a noite ao contrário, terminando quando deveria estar a começar...
Uma quietude plena paira no ar e a noite já  a meio  espraia-se pelos silêncios, pelos devaneios da alma
Passageiros da viajem , somos estranhos às nossas mudanças, elas chegam e  passamos  de tristes para alegres e vice-versa, elas  não nos deixam respostas, apenas perguntas...








Nick Colionne perfuma o momento e suaviza os alvoroços, abranda o corcel e tudo fica mais claro
Chove no silencio desta noite sem vento, ouve-se a chuva cair sem pressa e as árvores impávidas e serenas se banham ...
Jazz mood, em câmara lenta, como que flutuando no espaço sem gravidade, nego-me a pensar...
Uma guitarra amada com cuidado, cintilantes sons,  a noite estranhamente vai caindo, sem emoções  , vai...

















segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Criando - música de Macy Gray










                                 











Eu hei-de esculpir o futuro ao jeito do criador que extrai a obra de mármore a golpes de cinzel.

E caem uma a uma as escamas que escondiam o rosto do Deus.
E os outros dirão: Este mármore continha este Deus.
Ele o que fez foi encontrá-lo.
E o gesto dele não passava de um meio.
Mas eu cá digo que ele não calculava, ele forjava a pedra.
O sorriso do rosto está muito longe de ser feito de suor, de faíscas, de golpes de cinzel e de mármore.
O sorriso não é da pedra, mas sim do criador.
Liberta o homem, e ele criará.
Antoine de Saint - Exupéry 












É raro ver-se um artista na casa dos 30 ou dos 40 anos contribuir com alguma coisa realmente extraordinária.
É claro que existem algumas pessoas com uma curiosidade inata, que são eternas crianças na maneira como se maravilham com a vida, mas são raras. 
Os nossos pensamentos constroem padrões semelhantes a dobras na nossa mente.
Nós estamos efectivamente a esboçar padrões químicos.
Na maioria dos casos, as pessoas ficam presas nesses padrões, como nos sulcos de um disco, e nunca saem deles. 
Se quisermos viver a vida de forma criativa, como um artista, não podemos olhar muito para trás.
Temos de estar dispostos a agarrar naquilo que fizemos, na pessoa que fomos, e deitá-lo fora. 
Quanto mais o mundo exterior tenta impor-nos uma imagem nossa, mais difícil é continuarmos a ser um artista, e é por isso que muitas vezes os artistas têm de dizer: «Adeus. Tenho de ir.
Estou a ficar maluco e vou sair daqui.» E depois ir hibernar para qualquer lado. Talvez mais tarde, voltemos a emergir de uma maneira um pouco diferente.

Steve Jobs










O maior mérito do homem consiste sem dúvida em determinar tanto quanto possível as circunstâncias e em deixar-se determinar por elas tão pouco quanto possível. Todo o universo está perante nós como uma grande pedreira perante o arquitecto, o qual só merece esse nome se com a maior economia, conveniência e solidez constituir, a partir dessas massas acidentalmente acumuladas pela Natureza, o protótipo nascido no seu espírito. Fora de nós, tudo é apenas elemento. Sim, até posso dizer: tudo o que há em nós também. Mas no fundo de nós próprios encontra-se essa força criadora que nos permite produzir aquilo que tem de ser e que não nos deixa descansar, nem repousar, enquanto não o tivermos realizado, de uma maneira ou de outra, fora de nós ou em nós. 

Johann Wolfgang von Goethe