domingo, 18 de março de 2012

Antonin Artaud - music for saturday loners





...a história deste escritor maldito sempre me fascinou e continua a fascinar...

"Em 1937  Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco...  "


















Não quero que ninguém
ignore meus gritos de dor, e
quero que eles sejam ouvidos








O dever

Do escritor, do poeta
Não é encerrar-se cobardementre num texto
Num livro, numa revista de onde nunca sairá,
Pelo contrário, é vir
Para o exterior
E sacudir,
Atacar
O espírito público.
Ou então para que serve?
Para que nasceu?












Pode-se falar da boa saúde mental de Van Gogh, que em toda a sua vida  apenas assou uma das mãos e, fora  isso, limitou-se a cortar a orelha esquerda numa ocasião.  Num  mundo no qual diariamente comem vagina assada com molho verde ou sexo de recém-nascido  flagelado e triturado, assim que sai do sexo materno.  E isso não é uma imagem, mas sim um fato abundante e cotidianamente repetido e praticado no mundo todo.
    E assim é que a vida atual, por mais delirante que possa parecer esta afirmação, mantém sua velha  atmosfera de depravação, anarquia, desordem, delírio, perturbação, loucura crônica,  inércia burguesa, anomalia psíquica (pois não é o homem,  mas sim o mundo que se tornou anormal),  proposital desonestidade e notória hipocrisia,  absoluto  desprezo por tudo  que  tem uma  linguagem e reivindicação de uma ordem inteiramente baseada no cumprimento de uma primitiva injustiça; em suma, de crime organizado.   Isso vai mal porque a consciência enferma mostra o máximo  interesse,  nesse momento,  em não recuperar-se da sua enfermidade. Por isso, uma sociedade infecta  inventou a psiquiatria,  para  defender-se   das  investigações feitas por algumas  inteligências extraordinariamente lúcidas,  cujas  faculdades de adivinhação a incomodavam.









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