sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Freakytime - song by Pink Floyd



  O tempo,  é só tempo porque inventaram-no , isso não existe, apenas existimos  como tudo existe, sem explicação sem lógica e sem sentido, apenas vagamos...
Olhar o espelho, ver o rosto da vida que foi passando e não saber o caminho, nem onde se encontra o dito, nem mesmo quanto tempo passou, se o tempo passa realmente, ou se ele ao menos existe...
Viver é simplesmente ir caminhando e se não tivermos cuidado de repente estamos transformados numa coisa, arrumados num estereotipo e ai pesaremos os momentos, não perceberemos que tudo é vago como as marcas de água indeléveis que sinalizam teus passos ...
Como é bom gostar das mesmas coisas que definitivamente escolhi quando me transformei no Eu consciente dos meus não quereres, e isso foi há tanto tempo,ou será que é intemporal e sempre foi ?
Olho a volta e tenho vontade de me divertir com a vida, apetece-me sim continuar a festejar e a ter dúvidas sobre as mesmas coisas, as mesmas dúvidas de sempre...
Junto das gerações bem mais recentes, daqueles que estão irremediavelmente felizes como eu fui e continuo sendo, nessa idade mágica da espontaneidade, da irreverência e das visões poéticas sobre tudo ...sou igualzinho a eles, intemporal... e não me surpreendo.
A tragédia do envelhecimento só poderá ser o permanecer jovem  para alguns, para aqueles sem idade, aqueles que vão vagando e olhando a humanidade com lucidez, percebendo que não passamos todos de desinformados  acerca das razões todas e como tal expectantes...que continuam mesmo sabendo que jamais  entenderão ...
Para quê querer jogar a vida como se fosse o jogo do  monopólio, como se ela fosse uma carreira profissional, programando o futuro como se a vida se reflectisse na constituição duma fortuna, duma imagem projectada ou mesmo numa família??
Na exposição do Eu, o segredo que deve ser escondido e o mais guardado possível, as regras são tão subjacentes que vivemos representando essa luta, o interior e o exterior, o que se exige que seja transmitido de nós ao exterior, crianças representando o papel de adultos, esses actores inconscientes ..nunca entendendo que o Eu é o espelho da tua cara, dos teus quereres...
Se fechar os olhos adormecer e sonhar ao acordar não saberei a idade que tinha no sonho...
Lá donde venho, desse mundo etéreo e desconhecido do subconsciente o dos sonhos,  não sei em que estágio estive nem o porquê de ter lá estado...
Somos imigrantes no planeta, vimos de lá donde não chegam informações, chegamos amnésicos e por aqui nos vamos reinventando...

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