Saudades de escrever de supetão, com as palavras a arfar, a gritarem desespero e angústias...
Onde está essa alma perturbada, sem esperança, rastejando pelos becos do desencontro, onde está?
Ah ! A felicidade e a plenitude deram cabo desse ser avinagrado a copos de vinho e intoxicado a fumos de levitação... eternamente enquanto dure, soi dizer-se ...
Saudades da poesia corrosiva, da miscelânea de pensamentos ansiosos, de urgências de pranto e de raivas assassinas a abarrotar...O amor é fatal para quem ama a maldição dos sentires pungentes, para quem se descreve pela dor em palavras lavradas a sangue..
Ah ! A insatisfação é uma das fraquezas maiores dos humanos, só queremos estar onde não estamos e nada nos satisfaz, somos ambíguos e fomos feitos para ser felizes e infelizes, nunca seremos algo equilibrado, seremos sempre carentes de barriga cheia ou plenos de vazios e sorrisos.
Falar e dizer banalidades ou calar e mastigar o fel da sabedoria parida a ferros, entre dentes cerrados de insubmissão ou a entrega macia à doçura e ao carinho .
Sobra a possibilidade do improviso, da divagação sem rumo, sobra o prazer de dizer e eu digo.
Sou e estou feliz e mesmo assim rasgo palavras ao sabor doutros sentires, crio verdades falsas, desfaço torrões de sal no açucar !!
Fazia tempo que não aparecia por aqui né Tony? Estava com saudades de suas postagens. A de hoje daria um belo ensaio de final de análise. Descobrir e saber lidar com nossa incompletude e insatisfação eternas requer trabalho.
ResponderEliminarBeijuuss
Se para virem as poesias sangrando e cheias de dor é preciso que a angústia faça morada dentro de ti, que elas não venham e deixem fluir somente as palavras bonitas, o retrato do amor pleno e encantador feito as águas do teu mar. Que haja o amor acompanhado do prazer e felicidade, só assim haverá sentido.
ResponderEliminarAgraços, Mickey.