Já choveu muito no passado recente e o povo paupérrimo morreu e empobreceu demais...
Obras duvidosas foram feitas para que não se repetisse a tragédia e as cheias tudo levaram de novo...
Nascem crianças nas árvores e nos tectos das casas, dormem multidões nas bermas das estradas...
elas bebem a água assassina das cheias e comem os cadáveres do gado afogado, a vida se transforma em morte e a morte no inferno na terra...
As estradas cortadas, milhares sem tecto, os mortos ainda à deriva pelos campos alagados onde se misturam os cadáveres de animais e os de seres humanos...
Fome, abandono, doença e tristeza dominam o estado de milhares de moçambicanos órfãos de um País que os não protege, que não se preveniu para que estas situações não se repetissem...
Pelo menos uma organização eficiente e operativa no imediato poderia ter sido preparada...
Não, são outras as prioridades e este povo do vazio se enche de águas diluvianas até ao último suspiro!
A mão estendida e a fotografia de ocasião são as reacções de aproveitamento nos mídia e não as mangas arregaçadas e actos de emergência com a presença engajada no terreno ou o orgulho de terem aprendido com as últimas cheias e terem a situação controlada, não, outras festas e regabofes afins são mais importantes...
O triunfo dos porcos que não morrem nas cheias, o sorriso rapace de quem come e bebe o sangue do povo vampiristicamente, escondidos atrás da falta de vergonha nos discursos de ocasião eles ao invés do povo, sobrevivem a todas as calamidades.
O hip hop é uma forma de gritar as injustiças e a música não desfaz a indignação, a revolta e a tristeza...apenas serve para tornar tudo isso um pouco mais leve.
O apelo dramático do meu amigo Stewart, músico moçambicano...https://www.facebook.com/photo.php?v=10152188294535961
Igualim igualim por aqui. Será que nossos governantes fizeram e se graduaram a mesma escola??? Para nosso entristecimento estamos de luto...uma tragédia (mais uma além das águas e seca)se abateu nesse país...236 jovens mortos numa boate! Hoje nem a música faz ficar um cadiquim mais leve.
ResponderEliminarBj
Feito disse Regina, igualim por aqui. Por instantes pensei que você estava se referindo ás tragédias recorrentes no Brasil, verão após verão, onde nada acontece pra se evitar a não ser o lamento hipócrita de quem jamais vai saber o que é de verdade passar pro algo assim.
ResponderEliminarGritou alto, meu amigo. Ouvi daqui o seu respirar indignado.
Abraços.