Estar presente em si e colar conchas, pintar de cores fortes a madeira virgem
O pedaço de casca de árvore, transforma-se em arte e renasce...
Dos obscuros recônditos do que doía, pelo agir vai se iluminando o ser,
surgem cores em círculos, laranja e amarelos do sol, como velas de cera bruxuleando no escuro
O trilho de regresso é cheio de trinados de pássaros tranquilos e o aperto,
o aperto do peito vai e vem, este ir não tem como não ir e vou...
Soberano e lúcido é como se deve ser, como a flor amarela do cacto,
das assustadoras agulhas do carnudo verde, desse corpo nasce a flor,
soberana, irradiando beleza
Assim o sol rompe a noite fria e o trilho surge ali, a dizer, vem!
As agulhas no verde fui eu, por dentro conheci caminhos estranhos que me confundiram tudo
O tempo de fermentação depende da dor, ela deve ser profunda e longa para se chegar
As portas da percepção não se abrem só pela prática da meditação ou por outras formas sublimes de se ir ao encontro de si.
A dor abre sem pena, o buraco da visão lúcida e demora, demora a doer...
Sarada a ferida o olho se abre, tudo fica mais leve, tudo é mais claro, enxergas mais um pouco...
A lucidez, o gostar de estar assim, consigo em sintonia, afinal lá fora não tem mais confusão,
este é o teu tempo, agora, o trilho é de ouro e a luz cega-me.
Vou, não tem mais frio, sou pássaro de novo e de novo voo, lúcido !
Me alegra muito saber-te assim, em paz consigo mesmo. Que não cessem esses voos novos e lúcidos, mas não perca, porém, a capacidade de cometer umas insanidades vez ou outra, né?
ResponderEliminarBeijos, Mickey.
Sempre, só o espírito livre é que comete insanidades e eu sou
Eliminarbeijos loira
Tony,
ResponderEliminarAdorei que você tenha gostado do que eu escrevi!
Concedo-te o direito de usar minha frase... rs!
Veja o original: http://mude.blogspot.com.br/2012/01/o-pao-que-deus-amassou.html
É a vida!
Flores...