Simon Adjiashvili 1992
A vida inteira perseguimos simples quimeras,
as borboletas esquivam-se e a rede jogada enche-se de ar,
o garoto não desiste corre de rede alçada,
a borboleta dança suave num colorido elegante,
as borboletas esquivam-se e a rede jogada enche-se de ar,
o garoto não desiste corre de rede alçada,
a borboleta dança suave num colorido elegante,
esvoaça por entre o chilrear do xirico e o verde da folhagem
some deixando o poema inacabado
Letras cristalizadas em palavras doces,
como o algodão que humedece a semente
oferecendo-lhe o sonho da vida
some deixando o poema inacabado
Letras cristalizadas em palavras doces,
como o algodão que humedece a semente
oferecendo-lhe o sonho da vida
que germina no pulsar da seiva a flor que sente
As palavras ditas a palavra lavrada não diz,
grava sim os recantos indizíveis
que só os olhos conjugam,
grava sim os recantos indizíveis
que só os olhos conjugam,
nos arabescos entornados da alma
o solitário ato de ler o que não se pode dizer,
que nunca se poderá segurar,
o solitário ato de ler o que não se pode dizer,
que nunca se poderá segurar,
que se esvairá como nuvens por entre os dedos,
caindo no alvoroço feito de silêncios
caindo no alvoroço feito de silêncios
das letras quando se beijam
Sem comentários:
Enviar um comentário